POLÍTICA

Vereadora propõe criar Santuário de Religiões Afro no Bosque Jacarandá

Publicado em 09/06/2021 às 06:46Atualizado em 18/12/2022 às 13:44
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Lu Fachinelli sugere a doação dos animais que vivem no bosque a outros espaços da região para que o local seja dedicado a regiligões de matriz africana 

Vereadora Luciene Fachinelli (PSL) propôs à Prefeitura a criação do Santuário Nacional de Religiões de Matriz Africana onde hoje funciona o Bosque Jacarandá. A parlamentar reafirmou a sugestão por ocasião da Semana do Meio Ambiente e da revelação de que o município buscará parceria com a iniciativa privada para a revitalização do parque.

Em requerimento, no mês de abril, à prefeita Elisa Araújo (Solidariedade), a vereadora informou que constatou, in loco, que no parque se encontram apenas três onças, três macacos e um cachorro-do-mato, além de aves livres. Ela sugeriu a doação dos animais a outros espaços da região onde poderão reproduzir-se e manter a espécie. Sabendo da importância da preservação daquela área verde, Lu Fachinelli propôs que o bosque seja transformado em Santuário Nacional de Religiosidade de Matriz Africana, um antigo anseio da comunidade de religiosidade afro em Uberaba.

“Ali é o lugar perfeito para ser instituído o Santuário, reconstruirmos a capela de Nossa Senhora do Rosário que foi demolida e outras ações sob gestão da Coordenadoria de assuntos afro da Fundação Cultural de Uberaba e a Secretaria de Meio Ambiente. Precisa de uma adaptação que não é cara, vai atender perfeitamente as religiões afro. Tem muito verde, muita água e um excelente espaço para desenvolvimento e cumprimento da Lei 10.639. Além disso, não só a preservação daquele espaço verde, como também o desenvolvimento nas áreas de cultura, educação, turismo, empreendedorismo, cidadania e religiosidade. Existem importantes espaços assim pelo Brasil, como em Alcântara (GO), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Queremos e podemos ser esse ponto de referência em Minas Gerais”, finalizou.

Luciene lembrou que Uberaba possui uma dívida territorial com as religiões de matriz africana, uma vez que outras religiões já foram e são regularmente atendidas em seus pleitos pelo Poder Público. Ela cita os católicos, que há mais de 100 anos têm a praça d’Abadia e outros espaços; os espíritas cardecistas, com o Museu Chico Xavier e a Casa da Prece, que será desapropriada; os evangélicos, que têm a praça da Bíblia, que será modernizada. “Então, nada mais justo que o povo preto tenha seu espaço para ali desenvolver sua fé e religiosidade também. Afinal, o Estado é laico e as religiões devem ser tratadas com equidade pelo Poder Público. Estou aguardando a prefeita me convidar para avançarmos na ideia e repaginar aquele espaço com a grandeza que ele merece e a responsabilidade social que o mantém de pé”, concluiu.

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