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No dia 6 de julho, os filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) em Uberaba irão às urnas para escolherem os novos dirigentes do diretório municipal. Na disputa local, apenas a chapa “Coragem e Ousadia para Mudar Uberaba”, liderada por Roberto Matos Nogueira Pitta, segue na disputa. Uma segunda chapa inscrita foi impugnada e o candidato a presidente considerou a medida arbitrária e sem direito de defesa. A eleição será realizada de forma direta, retomando o modelo adotado pelo partido após 12 anos.
Inicialmente, o pleito teria a participação de uma segunda chapa, “Mudança Já”, encabeçada pelo ex-presidente do partido em Uberaba, o odontólogo Léo Ismar. No entanto, a candidatura foi impugnada por, segundo o atual presidente, Germano Fernandes, não ter atendido aos critérios obrigatórios de preenchimento das cotas de gênero, raça e juventude. Fernandes afirmou que Léo Ismar comunicou a desistência da candidatura.
Em nota divulgada posteriormente, Léo Ismar alegou que a decisão de renunciar foi motivada por um processo que ele classificou como “viciado” e “nulo de pleno direito”.
“Minha renúncia foi um ato de protesto político e coerência ética. A exclusão da Chapa ‘Mudança Já’ do Processo de Eleições Diretas do PT em Uberaba se deu de forma arbitrária, sem direito de defesa, e contrariando o próprio Estatuto e Regulamento do partido”, disse Léo Ismar.
O ex-presidente afirmou que a exclusão da chapa ocorreu sem respaldo jurídico-partidário, desrespeitando normas do regimento interno e do estatuto do partido. Ismar também ressaltou que a “Mudança Já” não foi formalmente notificada da impugnação, o que, segundo ele, fere o direito ao contraditório e à ampla defesa.
O ex-presidente disse que foi protocolado recurso solicitando a anulação da decisão de impugnação, mas “não houve resposta efetiva, apenas uma notificação final comunicando a exclusão da chapa”.
Além da eleição em Uberaba, o partido também definirá, no domingo, os novos dirigentes dos diretórios estadual e nacional. Em Minas Gerais, a disputa inclui a deputada estadual Leninha, Esdras Juvenal e Juanito Vieira. A candidatura da deputada federal Dandara Tonantzin foi barrada pela direção nacional por conta de uma pendência financeira de campanha, no valor de R$130 mil. Dandara afirma que a dívida foi quitada automaticamente pelo banco e que houve falha técnica no processo.
Para a presidência nacional do PT, concorrem Edinho Silva, Valter Pomar, Romênio Pereira e Rui Falcão. O senador Humberto Costa (PE) ocupa, interinamente, a presidência da legenda desde março, quando Gleisi Hoffmann deixou o cargo para assumir o Ministério da Secretaria de Relações Institucionais.
Deputada estadual Leninha (PT) se manifestou sobre a impugnação da chapa “Mudança Já” em Uberaba, alegando que o argumento usado foi absurdo e que não corresponde ao que consta no Estatuto do PT e no Regulamento do PED.
A parlamentar ainda ressaltou não considerar legítimo o impedimento de uma chapa que ela entende ser representativa para compor o diretório e a executiva, com filiados que possuem histórias comprovadas de luta na construção do PT na cidade.