Uma das medidas a serem atendidas pela empresa que arrematou a gestão da rodovia é o pagamento de R$7,4 milhões à consultoria que elaborou os estudos de viabilidade e ambientais referentes à relicitação
Grupo Rotas do Brasil venceu o leilão da rodovia ao apresentar desconto de 15,30% sobre a tarifa do pedágio e a previsão é a assinatura do contrato em fevereiro (Fotos/Reprodução)
Termina na terça-feira (21) o prazo para a vencedora da concessão da BR-262 comprovar o atendimento das condições prévias à assinatura do contrato para assumir a rodovia. Até o momento, o governo federal não divulgou se existem pendências que podem atrasar a conclusão do processo.
Para a assinatura do contrato, uma das exigências é o pagamento de, aproximadamente, R$7,4 milhões à consultoria que foi responsável pela elaboração dos estudos de viabilidade e ambientais referentes à relicitação da BR-262.
Além disso, como se trata de um trecho em fase de devolução, a nova administradora deverá elaborar dentro do prazo um plano de transição operacional para assegurar a continuidade dos serviços após a saída da atual operadora.
No início deste mês, a futura concessionária realizou assembleia para deliberar sobre o lançamento de títulos de crédito para captação de R$98 milhões em recursos no mercado de capitais para financiar as obras previstas na concessão da BR-262 entre Uberaba e Betim. Conforme a ata da reunião, a validade da medida está condicionada à formalização do contrato de concessão. Não foi informado se todas as condições prévias já foram cumpridas pela empresa.
Se não houver pendências e o cumprimento das condições for comprovado, a previsão do governo federal é de que o contrato seja assinado em 14 de fevereiro.
Duas propostas foram apresentadas para disputar o contrato da BR-262. Com desconto de 15,30% sobre a tarifa básica de pedágio prevista no edital, o grupo Rotas do Brasil S.A., formado pela associação do fundo de investimentos Kinea com o Grupo Way Brasil, arrematou a nova concessão do trecho da rodovia entre Uberaba e Betim.
O contrato de concessão tem duração de 30 anos e prevê mais de R$8,5 bilhões em investimentos, mas não incluiu a duplicação dos 438,9 quilômetros da rodovia até a região metropolitana de Belo Horizonte.
O projeto levado a leilão prevê apenas a duplicação de 44,3 quilômetros no trecho entre Nova Serrana e Bom Despacho, bem como a implantação de 168,8 quilômetros de terceira faixa e 3,63 quilômetros de vias marginais em toda a extensão da BR-262.