AGRONEGÓCIO

Assembleia debateu em Uberlândia os desafios do clima no Triângulo

Marconi Lima
Publicado em 18/06/2024 às 20:37
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Várias autoridades e especialistas participaram o evento realizado nesta terça-feira na unidade da Uniube, em Uberlândia (Foto/Alexandre Netto/ALMG)

Situadas numa das principais áreas de produção agrícola no Brasil, as regiões do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba encaram o desafio de se adaptar à ampliação da estação seca e a inundações cada vez mais frequentes, preservando o bioma do Cerrado sem prejudicar sua economia baseada no agronegócio.

Essa preocupação foi apresentada no sexto encontro regional do Seminário Técnico Crise Climática em Minas Gerais: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Uniube de Uberlândia.

O objetivo do seminário é buscar soluções capazes de minimizarem, em Minas Gerais, os impactos das mudanças climáticas provocadas pela ação humana. Na sexta-feira (21), o evento chegará ao sétimo e último encontro regional, em Unaí (Noroeste), concluindo mais uma fase, antes da etapa final, que será em agosto, em Belo Horizonte.

Os especialistas convidados a traçar o diagnóstico climatológico da região apontaram a ampliação do período de estiagem como uma das tendências mais fortes. Se no passado a estação chuvosa começava em outubro, hoje ela tende, cada vez mais, a se iniciar apenas em novembro. E as chuvas que antes se distribuíam até março agora caem de forma cada vez mais concentrada, muitas vezes inundando vias públicas, como a avenida Rondon Pacheco, uma das principais de Uberlândia.

Esse cenário foi apontado tanto pelo professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e doutor em Geografia Paulo Cezar Mendes quanto pelo também doutor em Geografia pela UFU Rildo Aparecido Costa. Ambos apontaram a tecnologia como uma arma que precisa ser reforçada na região para combater os perigos da crise climática.

Paulo Mendes mostrou que o Triângulo Mineiro, mesmo com sua importância agrícola, não tem um radar meteorológico. Segundo ele, o equipamento custaria entre R$4 e R$5 milhões, mas se pagaria com a melhora das previsões climáticas.

“No Triângulo Mineiro, nós não temos como produzir dados sem um material como o radar meteorológico. Estações meteorológicas, nós temos pouquíssimas. No Pontal do Triângulo Mineiro, temos em torno de quatro estações meteorológicas para a região inteira”, complementou Rildo Costa.

A sugestão foi elogiada pelo presidente da Assembleia, que considerou a questão tecnológica como um dos pontos fundamentais que deverão ser detalhados no relatório final do Seminário. Ele ressaltou que são cerca de 60 instituições participando do trabalho, incluindo as universidades. 

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