Entre material estocado de forma irregular no Centro de Zoonoses estavam 7,5 mil chips vencidos para registro de animais (Foto/Arquivo)
Com andamento na apuração interna do caso referente aos medicamentos e insumos vencidos encontrados no Centro de Controle de Zoonoses em 2019, parte dos servidores que respondiam a processo administrativo foi absolvida pela comissão interna disciplinar. A investigação do caso, entretanto, ainda não foi encerrada pela Controladoria.
A decisão da comissão disciplinar foi por absolver cinco servidores que estavam na lista de acusados do processo administrativo devido ao vencimento de microchips adquiridos pelo Poder Público e que deveriam ter sido utilizados em projeto de identificação de cães e gatos na cidade.
Na justificativa, a comissão apontou que as provas apresentadas nos autos verificam a ausência de responsabilidade do grupo pela inexecução do projeto e o consequente perecimento dos chips, pois os servidores foram desvinculados do comitê responsável pela coordenação do trabalho na época.
Por outro lado, a comissão ressaltou que houve a nomeação de novos representantes para assumir o serviço em tempo hábil para a implementação e fiscalização da proposta. Com isso, o processo administrativo segue em aberto. Segundo as informações da controladora Poliana Helena de Souza, três servidores ainda respondem ao processo para apuração de responsabilidade pelo vencimento do material.
Como a investigação ainda está em andamento, a controladora informa que mais detalhes sobre o processo não podem ser divulgados e, também, não há previsão para concluir a apuração do caso.
O processo administrativo é oriundo de denúncia feita pelo ex-vereador Thiago Mariscal, em 2019. Na época, ele encontrou medicamentos e insumos com data de validade vencida em forro do canil do Centro de Controle de Zoonoses. A situação, inclusive, resultou em abertura de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) na Câmara Municipal.
Entre os itens vencidos, o vereador também solicitou na época a apuração sobre o destino de mais de 7,5 mil chips que teriam sido adquiridos para o registro de animais no governo passado, mas não foram utilizados por conta do vencimento da data de validade.