INEXECUTÁVEL

Prazo de 72 horas para sinalizar vias recapeadas não é viável, diz secretário

Gisele Barcelos
Publicado em 09/04/2024 às 20:38Atualizado em 10/04/2024 às 07:40
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Estabelecer prazo máximo de 72 horas para a sinalização de vias recapeadas não seria viável, de acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos e Obras, Antônio de Sousa Filho. A proposta está em tramitação na Câmara Municipal, mas recebeu parecer de inconstitucionalidade e teve a votação adiada devido a um pedido de vistas.

Em entrevista à Rádio JM, o titular da pasta manifestou que entende haver boa intenção no projeto em tramitação no Legislativo, mas ressaltou que é preciso aguardar o processo de cura do novo asfalto para a sinalização horizontal nas vias recapeadas. “72 horas não é [prazo] suficiente para a cura do asfalto. Estima-se um prazo entre 7 e 10 dias. Se sinalizar antes do período de cura, o asfalto absorve parte da tinta e tem que refazer a sinalização. Então, fazemos trabalho seguindo a técnica para não ter que repetir”, argumentou.

Para o secretário, a expectativa é que o Legislativo compreenda a inviabilidade de cumprir o prazo e, também, o transtorno que poderia causar o fechamento das vias até a pintura da sinalização horizontal onde houve o recapeamento. “Já recapeamos mais de 400 vias. Imagina interditar todas essas vias por 5, 6, 7 dias e só abrir circulação quando estiverem devidamente sinalizadas?”, questionou.

Por outro lado, o titular da pasta argumentou que os motoristas devem ficar atentos ao que está previsto no próprio Código de Trânsito Brasileiro e lembra que a legislação traz normas de circulação, estabelecendo que a preferência é de quem vier da direita em cruzamentos onde não houver sinalização.

Além disso, o secretário salientou que a sinalização está prevista no contrato do recapeamento e não é interessante para as empresas demorar em fazer a nova pintura, porque o pagamento é feito somente quando todo o serviço é concluído. No entanto, ele ponderou que chuvas podem interferir nos trabalhos e, também, a própria logística das empreiteiras. “Às vezes, a via está preparada, mas a máquina quebrou ou a tinta demorou para chegar. Pode ter uma série de intercorrências”, disse. 

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