SAÚDE

Uberaba já teve mais de dois mil casos de dengue neste ano

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, dois casos tiveram complicações mais graves, mas não há registro de dengue hemorrágica no município

Thassiana Macedo
Publicado em 06/07/2010 às 11:13Atualizado em 20/12/2022 às 05:29
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Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais divulgou balanço em que aponta o registro de 203.966 casos notificados de dengue desde o início deste ano. Desses, 127 são de dengue hemorrágica e foram confirmadas 17 mortes em decorrência da doença. Em Uberaba, desde janeiro foram feitas 2.624 notificações. Destes, 2.063 foram casos confirmados, 440 já foram descartados e 121 ainda aguardam resultado de exames. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, dois casos tiveram complicações mais graves, mas não há registro de dengue hemorrágica no município. Para a diretora de Vigilância em Saúde, Geanne Araújo, tem ocorrido queda nos registros de criadouros. “Em março, segundo levantamento de índice de infestação através de pesquisa em imóveis, 1,8% deram positivo. Em maio este número havia caído para 0,4%, sendo que em janeiro era de 2,8%”, afirma.   A diretora explica que o motivo da melhora deste cenário é a mudança no clima, com a ausência de chuvas, mas lembra também que deve-se ao comportamento da população. “Em relação a maio de 2009, quando o índice de infestação era de 0,5%, houve uma queda de 0,1% neste ano. Parece insignificante, mas é fundamental para o combate da doença”, destaca.   Até 11 de junho havia 1.841 casos confirmados e em menos de um mês surgiram 222 novos. Apesar deste aumento, a diretora afirma que estes eram casos esperados que foram lançados no sistema após o recebimento do exame.   No entanto, ainda de acordo com Geanne, a variação também está associada à circulação de um novo sorotipo de dengue, o DEN 1. Secretaria de Estado de Saúde informou que, até então, apenas os sorotipos DEN 2 e o DEN 3 eram conhecidos. “Com o aparecimento deste novo sorotipo, esperamos o aumento de casos e ocorrências mais graves, já que existem indivíduos que nunca foram contaminados por este tipo e, que, por isso, estarão mais susceptíveis”, explica a diretora de Vigilância em Saúde.   De acordo com a diretora, com este novo cenário as equipes de saúde pretendem fazer melhor preparação para evitar a proliferação do mosquito, que ainda é encontrado em vasos e pratos de plantas e bebedouros de animais em 45,5% dos focos detectados. Em segundo, em 31,8% dos casos, aparecem os depósitos de lixos em lotes vagos e ruas. “E, muitas vezes, estão presentes também no quintal das casas. Lixo que não é recolhido pelo serviço de limpeza urbana, acaba tornando-se inimigo da saúde”, frisa Geanne.

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