É importante estar atento às diferenças para garantir um diagnóstico adequado. (Foto: Reprodução)
Com a circulação de vários vírus nesta época do ano, muitos pais têm relatado crianças com febre e manchas no corpo, sintomas que, frequentemente, são comuns na dengue. No entanto, segundo o pediatra Sandro Penna, em entrevista ao programa JM News, há outras doenças que podem causar sintomas parecidos, como a roséola. Neste caso, é importante estar atento às diferenças para garantir um diagnóstico adequado.
A roséola infantil, causada pelo herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6), afeta principalmente crianças entre 6 meses e 2 anos. Ela se manifesta com febre alta repentina, que pode durar de três a cinco dias, seguida de uma erupção cutânea, com manchas vermelhas que geralmente surgem no tronco e se espalham para o restante do corpo.
Porém, Penna destaca uma diferença importante: "Quando as manchas da roséola aparecem, a febre já diminui, o que é diferente da dengue, que continua com febre mesmo após o surgimento das manchas". Além disso, o diagnóstico pode ser confirmado por exames de sangue, que irão identificar especificamente a doença.
A roséola é altamente contagiosa e transmitida por secreções respiratórias, como saliva e secreções nasais. Em geral, ela tem um prognóstico leve, e as crianças se recuperam em poucos dias. O tratamento é sintomático, determinado pelo médico, considerando a idade, a saúde e o histórico médico do paciente; a severidade da doença; e a tolerância a medicamentos, procedimentos ou tratamentos específicos. No geral, o uso de antitérmicos, hidratação e repouso são suficientes para controlar a doença e aliviar os sintomas.
Apesar disso, é possível haver convulsões febris, em alguns casos. Se isso ocorrer ou se a criança apresentar dificuldades respiratórias, é crucial atendimento médico imediato. Por isso, o ideal é buscar pela prevenção. Especialistas orientam que a higiene das mãos seja reforçada, especialmente em períodos de circulação viral. Evitar o contato próximo com crianças doentes também ajuda a reduzir o risco de contágio.