Em entrevista à Rádio JM, o fisioterapeuta Willian Rocha de Oliveira explica que o tratamento com a utilização de cavalos é feito em três níveis: passo, trote e galope. Cerca de 80% do tratamento é feito no nível passo, que é mais lento e simula o caminhar. Mas a equoterapia ainda é dividida em quatro programas: o primeiro, para a pessoa que não tem condição de ficar sozinha sobre o cavalo e recebe auxílio, evoluindo até o quarto, quando o praticante tem condição de participar de torneios realizados no final de semestre. “Durante os torneios, há a inclusão dos praticantes especiais com os alunos de equitação, colocando todos num grau igual e incentivando a competição saudável”. A oportunidade oferece inclusão mútua. “Os praticantes ditos ‘normais’ passam a conhecer a necessidade especial e saber como ajudar”, completa.
Um exemplo de melhora psicológica importante é uma pessoa que sofreu um acidente, ficou paraplégica e hoje precisa de uma cadeira de rodas. “Agora, ela olha para as pessoas de baixo para cima. Ao montar no cavalo, a primeira imagem que tem é a pessoa pequena ao seu lado. Só isso já promove uma modificação interna. Ela passa a andar na areia, coisa que não faz com a cadeira de rodas; passa para o pasto, sobe e desce um morro. De repente, o cavalo faz trote ou galopa, conferindo à pessoa uma liberdade que ela não tinha. O cavalo transmite vida à pessoa”, explica.
Para fazer equoterapia é preciso ter o encaminhamento de um médico, passar pela avaliação com fisioterapeuta, psicólogo e terapeuta ocupacional da instituição e aguardar por uma vaga. Atualmente, a AME busca junto à prefeitura uma área maior para poder oferecer o recurso a um número maior de pacientes. Mais informações pelo telefone 3312-6767.