A gagueira caracteriza-se por interrupções atípicas e involuntárias no fluxo da fala. Essas interrupções se apresentam em forma de repetições, hesitações, bloqueios, prolongamentos de sons, tensões corporais ou da face. Na maioria dos casos, ela surge entre os dois e quatro anos de idade, com desenvolvimento gradual e progressivo, mas em um terço das crianças ela começa subitamente. Pode ser, também, hereditária, já que acomete três vezes mais crianças com histórico familiar.
Na criança, o diagnóstico e o tratamento são mais fáceis, por isso a escolha do tema para a campanha do Dia Internacional de Atenção à Gagueira deste ano – Seu filho gagueja? –, para chamar a atenção dos pais sobre este sério distúrbio de fluência da fala e alertá-los quanto à importância de um atendimento precoce. “A gagueira não tem cura, mas tem tratamento e, com a intervenção enquanto criança, é possível obter um resultado muito melhor. Até os quatro anos, a criança tem uma gagueira considerada normal, como uma hesitação de fala, mas, com a estimulação do fonoaudiólogo, conseguimos trabalhar melhor a fluência”, esclarece.