O câncer é a terceira principal causa de morte no mundo. Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O câncer é a terceira principal causa de morte no mundo. Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revela que, em 2011, Minas Gerais deve registrar mais de 46.600 novos casos de câncer. Ontem, a Secretaria de Estado de Saúde apresentou no 1º Fórum Integrado Estadual de Prevenção e Controle do Câncer e seus Fatores de Risco que serão 23.790 registros em mulheres e 22.840 em homens. O evento termina hoje e reúne gestores estaduais e municipais, representantes de hospitais especializados no tratamento de câncer e de conselhos regionais de saúde. Durante o evento, também foram divulgados os tipos de cânceres mais preocupantes, como o câncer de pele, que, de acordo com o oncologista Aderbal Garcia Júnior, é o mais comum. “É o mais fácil de tratar, exceto o melanoma, que tem alto poder de metástase (quando se espalha para outros órgãos). Para se ter uma ideia, se for uma mulher grávida, ele pode atingir o bebê através da placenta”, afirma. Para o oncologista, o recomendável é fazer um checkup anual para prevenção de todos os tipos de câncer. “Fazer um raio X de tórax, que é barato, cerca de R$ 50; ultrassom de abdome, por onde se consegue uma grande quantidade de informações, se vê como está o fígado, o baço, os rins, a próstata (no homem) e o útero (na mulher). Então, existem métodos de diagnóstico que as pessoas podem ter oportunidade de fazer e, pelo fato de não ter sintomas, as pessoas perdem chances de cura”, destaca. Um dos tipos de câncer é o de intestino, que tem avanço extremamente lento e sem sintomas. “Quando a pessoa começa a sentir alguma coisa, ele já está em um estágio em que a cura é bem mais difícil”, alerta. Segundo o mapeamento, entre as mulheres o câncer de mama deve ser o que terá o maior número de registros, chegando aos 4.250 casos. Os cânceres de colo do útero, de cólon e reto também serão predominantes. No sexo masculino, o câncer de próstata deve prevalecer, com 5.350 casos. Também deve aumentar o número de casos de câncer de traqueia, brônquio, pulmão e de estômago. O objetivo desse mapeamento é planejar ações educativas e de prevenção dos fatores de risco. Segundo Garcia, tumores que atingem mucosas, como boca, esôfago e pulmão, estão relacionados a hábitos como fumar. “Principalmente em alcoólatras, quando já existe a predisposição ao câncer, o álcool promove o desenvolvimento da doença. Geralmente, a pessoa que bebe e fuma muito não se alimenta bem e fica com déficit de vitaminas C e B, que protegem as células contra o câncer”, explica. Entre outros fatores de risco estão o sedentarismo e a obesidade