Dr. José Fábio Lana
A realização de atividade física não é limitada a determinada faixa etária. Para quem ainda tinha dúvidas, os exercícios podem e devem ser recomendados também aos membros da terceira idade. São eles que proporcionam maior força muscular e contribuem para a manutenção e até o aumento da densidade óssea. E mais ainda: melhoram o condicionamento cardiovascular, diminuem a ansiedade, a insônia e a depressão, melhoram os reflexos e o equilíbrio.
Tudo isso foi comprovado em um estudo realizado pela Universidade de Umea, na Suécia. Idosos que se submeteram a um treinamento físico realizado três vezes por semana reduziram o risco de diabetes e de doenças cardíacas. Sem contar que a circunferência abdominal reduziu-se e a pressão arterial melhorou. O resultado foi qualidade de vida amplamente melhorada, em que o idoso manteve a sua capacidade funcional e a autonomia para a realização de atividades cotidianas.
Antes de mais nada, é muito importante que o idoso passe por uma avaliação médica, que diagnosticará todas as patologias associadas (ex: diabetes, hipertensão, artrose) e os efeitos da medicação que está sendo utilizada. Em cima disso, o profissional da saúde indicará a melhor atividade.
Os exercícios que estimulam o equilíbrio e a restauração da força associados a atividades aeróbicas promovem treinamento completo para a terceira idade. Uma sugestão pessoal, baseada no controle das principais doenças degenerativas, seria a realização dessas atividades 6 vezes por semana, sempre com acompanhamento profissional. Portanto, um protocolo semanal poderia combinar o Pilates (2 vezes), a musculação (2 a 3 vezes) e a hidroginástica (2 vezes). Neste esquema, duas atividades físicas poderiam ser intercaladas no mesmo dia, dando um intervalo mínimo de
8 horas. Por fim, é importante também levar em conta uma alimentação balanceada (de 3 em 3 horas) e correta (incluindo frutas, fibras e proteínas), antes e depois das atividades físicas. Bom proveito!