Com a chegada dos meses frios do Inverno a incidência dos sintomas costuma aumentar nas pessoas que têm o problema
Estação mais fria do ano serve para o aparecimento de doenças respiratórias, mas pode favorecer a manifestação dos sintomas das doenças de pele, como a psoríase. Com a chegada dos meses frios do Inverno a incidência dos sintomas costuma aumentar nas pessoas que têm o problema, devido à baixa umidade relativa do ar, ressecamento da pele e menor exposição ao sol. Por isso, nesta época, especialistas sugerem cuidados especiais. Quem sofre desse mal relata que o desconforto físico, além do incômodo de ter a pele descamando, não poderia ser mais doloroso. No Brasil, há cerca de cinco milhões de pessoas, entre 20 e 40 anos, ou aos 50, com este problema. De acordo com a dermatologista Maria Fernanda Curi Barra, a psoríase é uma inflamação crônica não contagiosa caracterizada por manchas e placas avermelhadas. Geralmente essas lesões concentram-se nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, dorso inferior, inclusive unhas. “Fatores como traumas na pele, de natureza química ou física, infecções, uso de antiinflamatórios e estresse emocional desencadeiam ou pioram a psoríase”, completa. Cuidados simples no dia-a-dia também amenizam as crises, segundo a especialista. Um deles, ainda de acordo com Maria Fernanda, é evitar estresse, além de tomar sol no início da manhã ou final da tarde. Os banhos quentes e mais demorados ressecam a pele. Sem uma hidratação adequada, a pele pode apresentar lesões pela diminuição de oleosidade natural. Por isso, a dermatologista frisa que boa hidratação, com cremes e pomadas à base de corticóides, derivados de vitamina A e D, ácido salicílico e alcatrão, colaboram para o controle dos sintomas em casos leves. “Banhos mornos também ajudam”, destaca. Em casos moderados a graves, há mais indicações: uso de medicamentos orais ou de aplicação subcutânea, como retinóides e imunossupressores, e imunobiológicos, feitos a partir de células vivas, como na produção de vacinas e insulina.