Ondas de calor, dor durante o ato sexual, depressão, insônia, perda da libido, diminuição da atenção e memória estão entre os sinais da menopausa
Ondas de calor, suores noturnos, dor durante o ato sexual, inchaço, irritabilidade, depressão, insônia, perda da libido, diminuição da atenção e memória estão entre os sinais da menopausa, uma fase natural da vida de todas as mulheres com idade entre os 40 e 50 anos. Pesquisa realizada pela Divisão Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), chamada “Dados demográficos, epidemiológicos e clínicos de mulheres brasileiras climatéricas”, apresenta o perfil da mulher na transição para a menopausa e na pós-menopausa. O resultado identifica as principais doenças relacionadas à menopausa. Além dos sintomas típicos, aparecem a obesidade e distúrbios como hipertensão arterial (pressão alta) e diabetes.
O estudo envolveu cerca de 6 mil mulheres em investigação com duração de onze anos (entre 1983 e 2004), realizada no Setor de Climatério do Hospital das Clínicas da USP. Segundo Marco Fábio Prata Lima, especialista na área de Climatério e Ginecologia Endócrina do Ambulatório Maria da Glória da UFTM, a longo prazo aparecem a osteoporose e doenças cardiovasculares. “Questões essas diretamente relacionadas à falta da produção de hormônios femininos pelos ovários. Se não tiver uma alimentação balanceada ao longo da vida, terá uma perda incalculável de osso, que irá se manifestar como fraturas ósseas de difícil recuperação”, afirma. A osteoporose é talvez um dos maiores problemas que a mulher passa a enfrentar nesse período. A idade da ocorrência da menopausa está programada para cada mulher, mas, de acordo com o especialista, é influenciada por fatores como etnia, tabagismo, socioeconômicos, contraceptivos hormonais e alimentação. Os resultados demonstram que a ocorrência da menopausa no Brasil é comum em mulheres aos 48,1 anos. Considerando o aumento da expectativa de vida da população total, com ambos os sexos passando de 62,7 para 68,9 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o aumento da quantidade de mulheres acima de 50 anos, cresce o período em que elas passam a conviver com a menopausa. Por isso, a importância de um acompanhamento médico para o tratamento dos diversos sintomas provocados pela falta de hormônios.