Hoje é Dia Mundial de Combate à Esclerose Múltipla e de acordo com Suely Berner, superintendente da Associação Brasileira de Esclerose Multipla (ABEM), o portador tem o direito a uma vida comum. Possível, mas com um tratamento adequado, que pode atenuar os efeitos da doença. Dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla indicam que cerca de 2,5 milhões de pessoas sofrem da doença no mundo. No Brasil, a estimativa da ABEM, mostra mais de 35 mil portadores, sendo que apenas oito mil recebem tratamento adequado devido à demora no diagnóstico. Entre os principais sintomas, perda de força nas pernas, de sensibilidade e de visão, ou visão dupla, desequilíbrio, formigamentos, tremores e dificuldades para falar que podem se manifestar gradativamente. Esclerose Múltipla é uma doença que ativa o sistema imunológico de uma pessoa contra suas próprias estruturas neurológicas, afetando diretamente o sistema nervoso central, o cérebro. Estudos revelam que cerca de 2/3 dos casos se iniciam entre os 20 e 40 anos. O neurologista Lineu Domingos Miziara afirma ser fundamental que o médico tenha cuidado ao excluir a possibilidade de outras doenças que podem camuflar a esclerose múltipla. “Como o lupus, por exemplo. A história clínica e o exame físico detalhados, a ressonância magnética, o liquor e diversos exames de sangue são necessários para um diagnóstico preciso”, destaca o especialista. A demora no diagnóstico pode estar relacionada ao aparecimento de sintomas, que para leigos podem indicar problemas menos sérios levando portadores da doença a procurar atendimentos paliativos que atrasam o tratamento apropriado à Esclerose. Ocorrem um grande número de manifestações apresentando um sintoma para cada surto diferente, com intervalos de meses ou anos.