SAÚDE

Melhorar qualidade de vida reduz complicações com o tempo

O Alzheimer corresponde a 60% das demências, termo usado para descrever desordens que afetam a memória e o comportamento

Publicado em 21/09/2010 às 11:44Atualizado em 20/12/2022 às 04:13
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O Alzheimer corresponde a 60% das demências, termo usado para descrever desordens que afetam a memória e o comportamento. Segundo relatório da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), estima-se que 36 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras de demência. Esse número pode chegar a 66 milhões em 2030 e a 115 milhões em 2050. Desorientação, problemas em manter o controle do pensamento, mudanças de humor e na personalidade. “É uma doença crônica e progressiva, que afeta em geral pessoas a partir de 65 anos. Como não há cura, é importante pensar em qualidade de vida. Ao longo das fases, o portador perde força muscular, equilíbrio, coordenação motora, o que interfere no dia-a-dia, criando dificuldades para ele se vestir, se alimentar e de fazer a própria higiene”, afirma o fisioterapeuta Marcelo Assunção Valentino. Na fase inicial, ocorre perda de memória, especialmente recente. “Colocam-se então na rotina da pessoa atividades que favoreçam a memória. O grande dificultador é que a pessoa esquece como realizar os próprios movimentos, às vezes senta no sofá e não sabe mais levantar”, revela. Ele explica que, se tem dificuldade de colocar uma camisa, é preciso trabalhar no dia-a-dia exercícios de alongamento para membros superiores, fortalecimento da cintura, do ombro, exercícios de resistência e mesmo flexão e exercícios respiratórios. Isso vai ajudar tanto no equilíbrio quanto na força. Em média, há perda de 5% a 10% por ano na cognição, que é como entendemos o nosso corpo, nossa relação com os movimentos e com os outros, e essa pessoa se desliga do mundo. “Além dos benefícios clássicos do exercício – combater hipertensão, diabetes, doenças cardiorrespiratórias –, para o paciente de Alzheimer o exercício aumenta o fluxo sanguíneo cerebral e diminui a formação das placas beta amilóides, fator desencadeante da degeneração”, frisa. Atrasando a evolução da doença. Quando as falhas na memória começam a influenciar alterações de humor, cognitivas, dificuldade para fazer atividades habituais simples, é o momento de investigar mais a fundo, segundo o especialista. “A atividade física nessa questão atua principalmente para retardar ao máximo a terceira fase da doença, em que muitos pacientes acabam sendo hospitalizados. Acamados, correm o risco de ter mais infecções respiratórias, como pneumonia; digestivas e urinárias. O Alzheimer não mata, e sim suas complicações”, alerta.

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