Prevista para março, em data a ser confirmada, a inauguração do Departamento de Oncologia Clínica do Hospital Dr. Hélio Angotti, setor responsável pela quimioterapia da instituição, que passa por completa reestruturação administrativa, desde meados do ano passado. É o que anuncia o presidente da Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central, mantenedora do hospital, médico oncologista Délcio Scandiuzzi, desde maio de 2009 na direção do Hélio Angotti. Determinado a consolidar gestão austera e de disciplina administrativa, com absoluta transparência, Délcio ressalta a importância de mudanças estruturais no setor responsável pela quimioterapia. “O Departamento de Oncologia Clínica é o setor mais importante no tratamento do câncer e, no nosso caso, ele está sendo estruturado para atender satisfatoriamente toda a demanda do Hélio Angotti”, argumenta Délcio Scandiuzzi, que este ano completa 36 anos de exercício da medicina, mais de 30 deles dedicados a combater o câncer. A criação do novo departamento significa também readequação para atender às exigências do Sistema Único de Saúde (SUS). É, portanto, a qualificação do hospital para o recebimento de novos recursos públicos, repassados mediante aferição pelo sistema SUS. Do ponto de vista da organização hospitalar, esta nova estrutura vai garantir a unificação dos médicos, com padronização de seus procedimentos clínicos, refletindo diretamente no emprego criterioso de medicamentos, com foco também na dedicação e maior atenção aos pacientes. “Com isso, vamos consolidar o papel do Hospital Hélio Angotti no tratamento oncológico”, completa o presidente Délcio Scandiuzzi, sinalizando ser essa a tônica da nova gestão do hospital, que é referência nacional em tratamento de câncer. Respaldado por um Comitê Gestor, o presidente do Hélio Angotti ressalta que a completa modificação na estrutura da instituição está num plano de ação definido por profissionais especializados e experimentados nas suas áreas de atuação. “Não abrimos mão do profissionalismo e estamos dando também uma chance a funcionários antigos, que continuarão no quadro, desde que sigam as novas instruções e cumpram as metas impostas pelo Comitê Gestor, um ente colegiado”, adverte Délcio Scandiuzzi. No aspecto financeiro, o Hélio Angotti está renegociando todos os seus débitos e, para isso, trava diálogo franco e aberto com seus credores, no sentido de assumir compromissos que efetivamente serão honrados. Auditoria permanente e controladoria darão suporte à direção do hospital. “Tenho o compromisso, juntamente com todo o grupo de gestores, de total transparência e farei questão de seguir nesta linha enquanto estiver à frente do Hospital Hélio Angotti. A chegada de novos doadores e a conquista de recursos importantes dos governos municipal, estadual e federal, com o apoio unânime de nossas lideranças políticas, são a prova de que estamos no caminho certo”, acrescenta Délcio Scandiuzzi. O Comitê Gestor do Hélio Angotti vem buscando orientação com especialistas de diversos estados para implantar as mudanças com vistas à modernização da instituição. O Hospital Hélio Angotti registra mais de 1.000 atendimentos mensalmente, em média, só na quimioterapia. Mais de 90% desses atendimentos são pelo SUS. Com a reestruturação, este número deve aumentar consideravelmente. Para corresponder à procura de pacientes oriundos de várias partes do país, o hospital reestrutura outros setores e todas as mudanças serão oportunamente apresentadas à comunidade.