Fitas para diabéticos continuam gerando muita polêmica

Na segunda-feira (3), o Jornal da Manhã publicou matéria alertando que postos de saúde na cidade apresentavam falta de fitas, necessárias à medição de glicose para diabéticos saberem a quantidade de medicação e insulina necessária diariamente para o controle da doença. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que todas as unidades de saúde foram abastecidas com insumos e medicamentos do Programa Hiperdia, no dia 3 de maio, lembrando que no domingo (2), no Parque das Acácias, enfermeiros do programa fizeram medição de glicose da população.   Para o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Jurandir Ferreira, é de conhecimento da secretaria que insumos voltados aos diabéticos são de uso contínuo e, portanto, é necessário manter os estoques sempre abastecidos. “A secretaria até pode ter regularizado a falta de fitas para os pacientes, no dia 3, mas continuo afirmando que falta planejamento para a aquisição e, principalmente, distribuição em tempo”, frisa.   No entanto, a reportagem descobriu que ainda faltam fitas em alguns postos da cidade, entre eles os dos bairros Conjunto Valim de Mello e Recreio dos Bandeirantes. E os pacientes não podem procurar outros postos para fazer o exame, somente os do bairro onde moram. Nos demais, há fitas suficientes para fazer exame apenas uma vez por mês em cada paciente cadastrado. Porém, há pacientes que precisam da medição diária ou mesmo duas vezes por dia. Neste caso, é preciso entrar com processo, solicitando os insumos na Farmácia da Secretaria de Saúde. O preço de 50 unidades das fitas no mercado é cerca de R$ 80.   A coordenadora do Programa Hiperdia, Gabriela Vizzotto, acredita que pode ter havido aumento de demanda nas unidades que informaram a falta. “Fazemos um planejamento de acordo com o número de cadastros e pode ser que, no decorrer do mês, mais pessoas tenham sido cadastradas, o que justifica a falta de material. Mas, na realidade, não houve comunicação dessa mudança com a central de suprimentos”, afirma.   Quem precisar iniciar o tratamento com reposição de insulina terá de procurar, com antecedência, a Farmácia da Secretaria, já que o processo de liberação das fitas pode levar até dois meses para ser concluído. “Ao procurar os postos, a pessoa deve saber, primeiro, se já é a data de buscar novamente os insumos e medicamentos. E caso realmente não haja o insumo, ela deve ligar ou se dirigir ao Centro de Saúde Eurico Vilela, na rua Treze de Maio, 96, referência do Programa Hiperdia, para se informar ou mesmo receber o atendimento necessário”, orienta.