SAÚDE

Equipe de apoio à maternidade promove pesquisa sobre "Violência Institucional Obstétrica em Uberaba"

Parturientes responderão um questionário online com o objetivo de mapear a situação na cidade.

Publicado em 09/02/2021 às 15:30Atualizado em 19/12/2022 às 04:55
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Foto/Renata Reis

Abayomi, que em ioruba significa, encontro precioso, é o nome da equipe de apoio a maternidade que nesta semana, divulga nas redes sociais um questionário para mães, gestantes, parturientes e/ou puérperas, com o objetivo de mapear a situação da violência institucional obstétrica em Uberaba. O link para responder o questionário está sendo enviado via redes sociais, e com isso, a equipe espera alcançar o maior número de pessoas que passaram ou não, por situações traumáticas no momento do parto.

Faz parte do grupo pesquisado? Acesse aqui o formulário. 

O questionário estará no ar até o dia 15 de fevereiro, para que os dados coletados possam ser apurados e divulgados a toda a população. A movimentação da equipe tem em vista, o próximo dia 13 de março, dia da conscientização contra a violência obstétrica e até lá diversas atividades estão sendo preparadas.

“Violência institucional é o termo que engloba a violência obstétrica e neonatal, pois entende-se que é a prática de ofender de forma verbal, física, psicológica e moral, gestantes, parturientes, puérperas e suas famílias. Entendendo que o agressor pode ser qualquer profissional de assistência ao nascimento ou membro da equipe da instituição de prestação de serviço, queremos dados numéricos sobre como a situação está posta na cidade de Uberaba”, destaca a enfermeira obstétrica e integrante da equipe Abayomi, Vanessa Gomes.

Importante destacar que desde o início dos tempos em todas as formações sociais a parturiente sempre foi protagonista, rodeada apenas com pessoas do seu convívio e confiança no momento do parto. É a partir do século XX, que o parto passa a ser objeto de interesse médico, a industrialização e consequentemente um processo de institucionalização do parto foi instaurado. Essa institucionalização rompeu com o protagonismo da mulher e consequentemente abriu espaço para que o abuso, o desrespeito e outras mazelas que compõem a sociedade também se manifestassem nessa área.

Uma investigação criteriosa e um trabalho de atenção pode indicar como e quais políticas públicas podem ser realizadas, com o objetivo de reconhecer a individualidade da mulher, estabelecer vínculo entre a parturiente, os profissionais da saúde ou não envolvidos no processo, com a solução final de humanização do parto e do atendimento.

A equipe abayomi trabalha de forma multiprofissional e é composta por uma consultora em aleitamento materno, uma doula, uma enfermeira especialista em obstetrícia, fisioterapeuta obstétrica que atuam na assistência a mulheres, mães, gestantes, famílias e tem como objetiv acolher e prestar atendimento respeitoso e de qualidade na gestação, parto, puerpério, perda gestacional e amamentação.

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