SAÚDE

Época exige atenção com animais peçonhentos

Thassiana Macedo
Publicado em 20/01/2010 às 11:11Atualizado em 17/12/2022 às 05:50
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O período de calor e a ocorrência de chuvas indicam a possibilidade de acidentes com animais peçonhentos, comuns durante as férias. Para a bióloga do Departamento de Controle de Endemias e Zoonoses de Uberaba, Virgínia Oliveira Coelho, crianças, idosos, pessoas desnutridas, alérgicas ou cardíacas são o público mais vulnerável.   São classificados como animais peçonhentos os escorpiões, as aranhas, formigas, abelhas, algumas cobras entre outros. “Acidentes com seres humanos acontecem quando o animal se sente ameaçado. Por exemplo, quando um escorpião é apertado ao vestirmos uma roupa ou calçarmos um sapato em ele esteja escondido”, explica.   De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, foram registrados, em 2009, 18.029 acidentes com animais peçonhentos, com 66 mortes. Em Minas, os acidentes com escorpiões ocupam o primeiro lugar, 11.537 casos, com 45 óbitos. Em Uberaba, no ano de 2009, o Departamento de Zoonoses atendeu 67 notificações em outubro, sendo 59 para escorpiões. Em novembro, foram 99 atendimentos, 78 escorpiões e três aranhas. Dezembro registrou queda, com 44 atendimentos para escorpiões e janeiro deste ano não contabilizou nenhum caso até agora.   Quanto a cobras, no ano passado, foram 2.715 casos e 12 óbitos registrados no Estado. O pronto-socorro pediátrico do Hospital de Clínicas recebeu em Uberaba, no primeiro semestre do ano passado, 22 casos, e de julho a outubro, mais 17. Já o pronto-socorro adulto registrou 39 acidentes no primeiro semestre e outros 44, de julho a outubro de 2009.   Cuidados. A recomendação do Corpo de Bombeiros é evitar andar descalço e sacudir roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de utilizá-los, bem como evitar o acúmulo de lixo e entulho nas proximidades das residências. “Em ambiente rural, é recomendável o uso de perneiras e luvas, que evitam 80% dos acidentes com cobras e escorpiões”, destaca o sargento Emerson de Oliveira.   Para a bióloga Virgínia, vedar ralos ou aberturas em contato com a rede de esgoto, remanejar materiais de construção armazenados (telhas, tijolos, pedras tapiocanga, madeiras), manter limpos quintais e jardins são medidas que evitam a proliferação de baratas, cupins e traças, que são alimentos para cobras e escorpiões.   Em caso de picada de cobra, a primeira providência é lavar o local com água e sabão. “Em seguida, procurar atendimento médico imediatamente. Se alguma serpente for encontrada no ambiente doméstico ou proximidades, mesmo não havendo acidentes, basta procurar a Polícia Ambiental ou Florestal”, afirma.  

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