Nesta época de calor e baixa umidade, a principal dúvida tem sido o que comer
Termina hoje, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, o 3º Encontro do Curso de Nutrição. Profissionais de várias partes do país estão discutindo, desde ontem, os temas mais atuais dentro da questão fundamental que é a alimentação. E, devido a esta época do ano, em que a sensação de calor é forte associada à baixa umidade do ar, a principal dúvida tem sido sobre o que comer. A nutricionista Poliana Patriota explica que este período seco pede a ingestão de bastante líquido e recomenda que, além da água, as pessoas invistam em fontes complementares de líquidos – sucos e frutas – associadas a uma alimentação normal, que não seja muito gordurosa nem salgada. “Esse tipo de alimentação vai ajudar a repor a perda de líquido através do suor, neste período. Lembra que esses sucos devem ser preparados a partir de frutas, não sendo indicados os refrescos artificiais nem refrigerantes, que contêm sódio (sal) em forma de conservantes”, afirma. A especialista esclarece que o consumo de líquidos deve ser de seis a oito copos por dia, em média de 1,5 a 2 litros de água. “E dê preferência às frutas no café da manhã e lanches. Isso vai ajudar a manter a hidratação”, frisa. Ela destaca, ainda, que é importante diminuir a ingestão de sal nesta época. “Mas isso não é válido somente para o período da seca, deve ser seguido sempre. Temos visto o aumento da hipertensão não só em adultos, mas em crianças e adolescentes”, alerta. Durante uma atividade física é importante a orientação de um profissional da Educação Física para indicar não só qual o exercício adequado à necessidade e possibilidade de cada pessoa, mas para acompanhar a alimentação. “A regra geral é que a atividade física seja feita no começo da manhã ou no fim da tarde, principalmente nesta época do ano”, esclarece Poliana. Não adianta exagerar no consumo de água, pensando que estará protegido contra a baixa umidade. O excesso também faz mal. “À medida que se ingere água em excesso, a pessoa acaba deixando de se alimentar de outras fontes de nutrientes. No caso da criança que bebe muita água, acaba deixando de tomar um suco, comer uma fruta. Essa substituição pode gerar a falta de nutrientes no organismo das pessoas, mesmo elas sendo obesas. E, com a nutrição deficiente, elas desenvolvem anemia”, revela.