SAÚDE

Dor deve ter abordagem multiprofissional

Thassiana Macedo
Publicado em 17/03/2010 às 21:24Atualizado em 20/12/2022 às 07:31
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“Dor é o que o paciente diz ter e ela existe quando o paciente diz que a sente”. Esta é a definição adotada por especialistas sobre um dos sintomas mais comuns. De acordo com a neurologista Sônia Beatriz Felix Ribeiro, toda dor é subjetiva. Portanto, cada pessoa tem a sua dor e não há como uma avaliar a dor da outra, já que esse sintoma tem um caráter multifatorial. Mas a dor ainda não é considerada como deveria. O assunto será discutido em evento a ser realizado no dia 21 de março, que fará uma abordagem da Dor no Cotidiano de Trabalho da Atenção Primária à Saúde. Promovido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), e através dos Programas Cerest e Saúde da Família, o evento terá a coordenação de Jaime Olavo Márquez, professor de Neurologia pela USP de Ribeirão Preto e PHD em Dor pela Duke University/NC-US.   Segundo ele, o curso vai contemplar o aspecto assistencial através do tratamento e oferecer um programa de educação continuada de atualização e reciclagem para todos os profissionais de saúde da Secretaria de Saúde. “Não adianta só a tecnologia se não tiver pessoas preparadas e formadas para entendê-la e executá-la”. A proposta inicial é discutir sobre o assunto – a dor – com vários profissionais, divididos em dois grupos, durante todo o ano, “fornecendo-lhes exatamente as ideias básicas para que possam tratar esse sintoma”. Como a dor está envolvida com diversos fatores psicológicos e físicos, é importante uma abordagem multiprofissional de causas e efeitos. “Buscamos uma abordagem interdisciplinar, onde todos os profissionais colaboram para o diagnóstico e o tratamento”.   “No Brasil não existe um levantamento consistente sobre o assunto. Esta será outra parte do projeto, em que a Secretaria buscará fazer uma pesquisa epidemiológica. Mas, de forma geral, as demandas mais frequentes são as dores de cabeça, musculares e esqueléticas, dores lombares, entre outras”, afirma o neurologista Jaime Olavo Márquez. Nesse sentido, as equipes multiprofissionais que atuam na Rede Básica de Saúde preparam-se para abordar as demandas relacionadas à dor, de forma humanizada.  

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