Combate à dengue deve continuar no período de seca

Apesar da pouca chuva e de os últimos dias estarem mais frios e secos, os cuidados com a proliferação do mosquito transmissor da dengue devem continuar. Segundo dados do Departamento de Controle de Zoonoses, até o momento foram registradas em torno de 2.471 notificações da doença em Uberaba. Destas, houve 1.935 casos confirmados, 368 negativos e 536 ainda aguardam resultados de exames. No último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado pelos agentes de combate a endemias no mês de março, mais de 42% das larvas do mosquito foram encontradas em vasos, pratos e frascos com plantas, sendo que em torno de 19% corresponderam ao lixo e reservatórios de água ao nível do solo. O mesmo levantamento apontou que o nível de infestação predial do município está em 1,8%. Em relação ao primeiro levantamento (2,8%), realizado em janeiro deste ano, houve queda de 1%.   A Secretaria Municipal de Saúde afirma que de 5 de janeiro a 30 de abril, os agentes realizaram 193.457 visitas de rotina nos imóveis do município. Nos pontos estratégicos, como ferros-velhos, borracharias, clubes desativados e cemitérios, os agentes realizaram 981 visitas. O Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido como fumacê, atingiu aproximadamente 842.375 imóveis. Já os mutirões de limpeza percorreram 88.429 imóveis, sendo retirados 294 caminhões de materiais que acumulam água.   O Departamento de Controle de Zoonoses registrou também a coleta de 519.570 quilos de pneus, provenientes de 185 borracharias cadastradas, visitadas a cada 15 dias. Foram instaladas 291 tampas de caixas d’água e contabilizadas 901 denúncias do Disk Dengue (3317-4660).

No entanto, o responsável pela Vigilância em Saúde, Cleuber Franco Borges, reforça a necessidade de maior participação da população no combate à dengue. “Na próxima reunião no mês de junho, faremos avaliações dos trabalhos realizados até então, tanto pelo poder público como pela comunidade, e esclareceremos quais ações irão acontecer neste período de seca, quando devemos trabalhar mais para conseguir combater o mosquito”, frisa.