Cerca de 3% dos população sofre com a síndrome de fibromialgia no Brasil

Segundo pesquisa, a doença é mais recorrente em mulheres na faixa dos 25 aos 50 anos

Publicado em 14/05/2023 às 19:49
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Fibromialgia (Foto/Reprodução)

Fibromialgia (Foto/Reprodução)

A síndrome de fibromialgia (FM) é conhecida por ser uma doença física que se manifesta por dores no corpo, fadiga (cansaço), sono não reparador e sintomas psicológicos que trazem grandes impactos na qualidade de vida como, por exemplo, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. A principal característica de uma pessoa que possui a doença é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura seja por ele mesmo, ou por outra pessoa.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED), pelo menos 3% da população brasileira sofre com dores intensas e incapacitantes, além de outros sintomas. A pesquisa ainda aponta que a síndrome é mais recorrente em mulheres, sendo que em 90% dos casos diagnosticados de FM possuem incidência mais comum no sexo feminino na faixa dos 25 aos 50 anos. Outros sintomas bem característicos da síndrome estão relacionados à dor intensa no corpo e alterações de humor.

A FM apresenta um grande impacto negativo na qualidade de vida das pessoas que a possuem que podem trazer sintomas psicológicos incapacitantes. O diagnóstico da síndrome deve ser feito por um médico, com o histórico clínico e exames laboratoriais que, quando comprovados, afastará o paciente de doenças semelhantes. Apesar da doença ser mais comum no público feminino, estudos ainda não comprovam uma explicação. O professor de Fisioterapia, Herick de Oliveira, acredita que o fato pode ter ligação com os hormônios femininos.

“De acordo com estudos sobre o tema, não há um fator estabelecido para explicar esses dados, mas alguns podem contribuir como distúrbios, humor, depressão e, em alguns casos, com distúrbios hormonais”, explica. O tratamento global da fibromialgia é aliviar os sintomas, uma vez que não traz deformidades ou sequelas nas articulações e músculos, mas, que apresentam um grande no dia a dia dos pacientes. A FM não tem cura e o cuidado com o paciente consigo mesmo são mais importantes do que as medicações, embora estas também tenham papel importante no alívio da dor e na melhoria do sono.

“As medicações são úteis para diminuir a dor, melhorar o sono e a disposição e permitir melhoras nas atividades diárias. Algumas medicações, como a pregabalina e a duloxetina, agem na maior sensibilidade à dor”, comenta Herick de Olivera. Segundo o professor, é importante que o paciente seja um elemento ativo no tratamento e que metas sejam estabelecidas com o fisioterapeuta. As técnicas fisioterapêuticas podem trazer benefícios por serem capazes de fortalecer a musculatura corporal, melhorar a aptidão cardiovascular e combater a tensão muscular.

“A fisioterapia é fundamental no tratamento da FM, pois, elas liberam endorfina, quebram o ciclo dor-imobilidade-dor e ativam o sistema opioide endógeno, responsável por aumentar o limiar de tolerância à dor, gerando resposta analgésica”, completa Herick de Oliveira. Em Ipatinga (MG), a Clínica Escola da Faculdade Anhanguera, disponibiliza atendimentos especializados para pacientes com que possuem a síndrome de FM. 

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