Cada vez mais cedo, cerca de 70% dos homens sofre de calvície no Brasil, atualmente. Porém, dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar mostram que 25% das mulheres brasileiras entre 35 e 40 anos também sofrem algum tipo de calvície. Entre as mulheres com mais de 40 anos, a incidência é de 50%, e mudanças no ritmo de vida e consequentes alterações hormonais contribuem para o aparecimento do problema. A alopecia androgenética feminina, ou calvície, é determinada pela queda de cabelos. Baixa autoestima e até depressão são comuns entre as pessoas que se encontram nesse estado, mas médicos alertam que quanto mais cedo houver procura de ajuda, mais eficaz será o tratamento. De acordo com a dermatologista Vanessa Lenza, ela é determinada por um processo de longa duração, que provoca a deterioração do cabelo. “O cabelo normal entra em processo de repouso e queda, em média, a cada 4 anos, retornando com a mesma espessura para durar mais 4 anos. O fio nos indivíduos predispostos à calvície volta cada vez mais fraco e fino, transformando-se progressivamente em penugem”, explica. Nos casos iniciais, a maioria das mulheres não percebe e não se queixa, pois a rarefação é discreta. A especialista explica que, além da hereditariedade, os hormônios são responsáveis pelo aparecimento da calvície masculina e feminina. “A mulher é particularmente suscetível a esta perda de cabelos devido a variações hormonais. É frequente o início da alopecia após o parto ou quando a mulher cessa o uso do anticoncepcional, ou o uso de tinturas e alisamentos, carência alimentar, como anemia, falta de ferro, e emagrecimento desordenado, além de problemas na tireóide e estresse”, explica. Para Vanessa, a ansiedade torna-se fator determinante. Tratamento. A calvície não é um problema totalmente sem solução. Tem tratamento, desde a medicação até transplante capilar. Infelizmente, um transplante de cabelo tem o custo relativamente alto, em torno de R$ 7 mil, dependendo do grau de calvície e das características pessoais. O medicamento impede que a substância que faz o cabelo cair, a Dihidrosterona (DHT), se acumule nos folículos capilares, paralisando o processo de troca de cabelos. “Também pode-se usar o minoxidil, substância manipulada de 2% a 5% em formulações tópicas; xampus e condicionadores antiqueda; uso de vitaminas, como piridoxina, biotina, e de alguns aminoácidos, como metionina e cisteína. Além da mesoterapia, uma variação de princípios ativos, aplicados com uma seringa diretamente no couro cabeludo, laser capilar e tratamentos ortomoleculares”, completa Lenza. Mas é preciso avaliar a necessidade e o tipo de cabelo.