Segundo o geriatra Galvani Salgado, os idosos têm mais tendência à desidratação nesta época No verão são previsíveis as altas temperaturas e o calor é sempre motivo de comemoração para quem gosta de curtir o tempo livre. Porém, não se pode brincar quando o assunto é saúde. As alterações climáticas no mundo têm revelado que todo cuidado é pouco. Com temperaturas acima dos 30ºC, os mais atingidos são crianças e idosos. Um exemplo disso são os 54 idosos, entre 60 e 97 anos, que morreram por conta do calor no litoral paulista. As vítimas tinham histórico de problemas cardíacos e respiratórios. Segundo o geriatra Galvani Salgado, por uma alteração fisiológica natural do corpo humano, os idosos têm mais facilidade para se desidratarem. “E como a quantidade de água no corpo diminui com o avançar da idade, quaisquer variações como a perda e a baixa ingestão de água podem levar a um quadro de desidratação no idoso”, destaca. O especialista explica que, além de enfrentar o calor, os idosos que sofrem de alguma doença crônica, como diabetes, hipertensão e problemas pulmonares, correm maior risco, pois esses males podem prejudicar o funcionamento de órgãos como os rins, que chegam a parar de funcionar se o corpo estiver desidratado. Outro grande vilão nesta época é a diarreia, provocada pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados. O ideal é que o idoso coma salada, frutas, comidas com pouco sal e alimentos leves. Fraqueza, cansaço, sonolência, tonturas, dores de cabeça e confusão mental em época de calor podem ser sintomas de problemas. Por isso, a recomendação do geriatra é cuidar da saúde. “Ingerir mais líquidos, pelo menos dois litros; evitar exposição ao sol, usar roupas mais leves e procurar ambientes mais amenos e ventilados. E, sentindo esses sintomas, procurar um médico”, alerta Salgado.