Segundo pesquisa realizada no Brasil, oito em cada dez mulheres pintam os cabelos, correspondendo a 14% do consumo mundial. Mas, elas nem sempre estão atentas às embalagens e à qualidade dos produtos. Por isso a Associação de Consumidores (Proteste) verificou como está a qualidade dos produtos para coloração no mercado.
E a conclusão é de que ainda é confusa a forma como as classificações e informações referentes à química do composto são apresentadas na embalagem. O que exige das usuárias uma atenção redobrada. Outro cuidado pouco comum é com as sobras de tintura, que não devem ser guardadas, pois podem explodir devido à pressão imposta à mistura pelo revelador. Além disso, não deve ser utilizada a tinta para colorir cílios e sobrancelhas, pois há o risco de provocar cegueira.
De acordo com a cabeleireira Adriana Gontijo, o risco de ter problemas com alergias e até um choque anafilático também é possível. “Para evitar alergias é fundamental fazer o teste do toque, porque não pode brincar com química. Um erro é bem mais complicado, pois necessita de outros tratamentos e acaba saindo mais caro e perigoso”, destaca.
Avaliação. A Proteste comparou e testou oito marcas de tinta permanente vermelha. Foram avaliadas a resistência à lavagem, eficiência na coloração, homogeneidade, brilho e intensidade da cor.
Justamente a tinta que mais mancha a pele e as roupas na primeira lavagem, a Koleston, é a que melhor cobre os cabelos com coloração duradoura e com melhor avaliação dos cabeleireiros quanto aos quesitos. Também é uma das mais caras.
Biocolor, a mais barata, também cobre bem os fios brancos e proporciona coloração intensa, brilhante e correspondente à indicada na embalagem. No entanto, após 15 lavagens desbota. Quanto a alergias, Koleston, Avon Techniques e Cor & Ton contém substâncias irritantes.