SAÚDE

Alzheimer atinge 5% da população acima de 65

O dia 21 de setembro é Dia Mundial do Alzheimer, doença de causa desconhecida que atinge 5% da população com mais de 65 anos e mais de 15% com mais de 80

Publicado em 16/09/2010 às 10:47Atualizado em 20/12/2022 às 04:18
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A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) divulgou registro de que a doença de Alzheimer cresceu 654% em Minas Gerais nos últimos nove anos, de 1999 a 2008. Segundo a instituição, o número é superior ao da região Sudeste, 567%, e à média nacional, 586%. O envelhecimento da população e o crescimento dos registros da doença explicam o aumento, mas especialistas frisam que a demora do diagnóstico e tratamento inadequado são fatores para alto número de mortes devido a complicações. O dia 21 de setembro é Dia Mundial do Alzheimer, doença de causa desconhecida que atinge 5% da população com mais de 65 anos e mais de 15% com mais de 80. Estima-se que, no Brasil, 700 mil pessoas sejam portadoras de Alzheimer. De acordo com Zélia Maria Couto Salerno, coordenadora regional da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) em Uberaba, a doença não é fatal em si, mas suas complicações, acompanhadas de quadros depressivos, levam o portador a debilidades físicas. E se o paciente não receber tratamento adequado, pode desenvolver feridas por pressão (escaras), anemia, desidratação, constipação e pneumonias, que agravadas levam a infecções generalizadas e à morte. “A falta de compreensão e conscientização resulta em recursos insuficientes, que interferem no diagnóstico precoce e no tratamento da doença, o que interfere na qualidade de vida do portador e seus familiares”, revela. Estatísticas demonstram que hoje a demora é de pelo menos três anos para o paciente receber o diagnóstico correto da doença. O problema para esse atraso na descoberta da doença em parte é da existência de profissionais despreparados e da própria família.

“O esquecimento nem sempre é sinal de doença de Alzheimer, mas ignorar os primeiros sinais apenas atrapalha o tratamento. Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais se pode retardar o avanço da doença. Muitas vezes, os familiares não dão atenção aos esquecimentos, acreditando que eles sejam resultado natural do envelhecimento”, destaca Zélia. No Brasil, mais da metade dos pacientes com Alzheimer não recebe medicamento adequado e 90% ainda estão sem tratamento. Cuidar de um portador exige tempo e dedicação. Segundo a coordenadora, é ideal que a pessoa divida a responsabilidade e troque experiências.

A Associação tem reuniões toda primeira quarta-feira do mês, às 19h30, na Aciu, onde acontecem palestras com especialistas sobre Alzheimer, Esclerose Múltipla e outras doenças conhecidas como demências.

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