OPÇÃO

Vereadores querem que contemplados do Alfredo Freire 4 sejam remanejados

Gisele Barcelos
Publicado em 23/04/2025 às 21:53Atualizado em 24/04/2025 às 07:36
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Vereador Marcos Jammal diz que a proposta de realocar os contemplados com unidades do Alfredo Freire 4 havia sido apresentada no ano passado (Foto/Rodrigo Garcia)

Em meio a protestos e ocupação de unidades do Alfredo Freire 4, vereadores pleiteiam que as famílias que estão aguardando a liberação dos imóveis sejam remanejadas para outros empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida. O pedido foi formalizado em requerimento aprovado ontem em plenário.

Autor do documento, o vereador Marcos Jammal (PSDB) ressaltou que a proposta já havia sido apresentada no ano passado e não houve avanço. Com isso, a solicitação está sendo feita novamente para um posicionamento do governo municipal.

A ideia seria que os mutuários contemplados com unidades do Alfredo Freire 4 fossem realocados no residencial Magnólias, que está em fase final de construção e deve ser entregue ainda em 2025.

Jammal argumentou que, apesar do custo elevado para terminar o Alfredo Freire 4, existem recursos federais assegurados para a obra. “O tempo levou muita estrutura. Foram furtadas as caixas d’água, aquecedores solares e a parte de louça até a Caixa resolver colocar segurança lá. Hoje, para ser concluído tudo, seria em torno de R$30 a R$35 milhões. É muito dinheiro, mas dá para resolver”, posicionou.

Entretanto, o vereador salientou que ainda não há previsão para a retomada da obra do Alfredo Freire 4. Além disso, devido aos danos na estrutura das unidades, a estimativa seria um prazo de dois anos para a entrega do conjunto habitacional. “Por isso, fizemos a proposta de remanejar as famílias. Nada mais justo que as pessoas sejam realocadas para um novo empreendimento”, disse.

O vereador Paulo César Soares China (PCdoB) fez uso da tribuna e também defendeu que as famílias sejam remanejadas para o residencial Magnólias. Segundo ele, durante a manifestação no fim de semana, foi cobrado que a presidente da Cohagra, Érika Martins, assumisse o compromisso com as pessoas que aguardam as unidades do Alfredo Freire 4, mas nada foi confirmado.

Cohagra analisa proposta de transferência dos contemplados para residencial em obras

Cohagra está analisando a proposta de transferir famílias que esperam as casas do Alfredo Freire 4 para o residencial Magnólias. A informação é da presidente da autarquia, Érika Martins, que falou sobre o assunto em entrevista à Rádio JM.

Segundo a presidente da Cohagra, a possibilidade de realocar os mutuários contemplados está sendo analisada pelo departamento jurídico para verificar a viabilidade de medida.

Ainda assim, Érika argumentou que não seria uma solução completa porque o Alfredo Freire 4 tem 540 casas e o residencial Magnólias conta apenas com 192 apartamentos. “Com esse número, não conseguiríamos contemplar todas as famílias”, ponderou.

Além disso, a dirigente da autarquia posicionou que o apartamento não é uma opção que atende todos os casos, pois algumas famílias são maiores e também existem pessoas idosas com dificuldades de mobilidade.  “No ato da inscrição, já é sinalizado não ter interesse em apartamento. Temos que respeitar essa vontade, porque o mutuário entende a realidade e se a moradia vai atender ou não à necessidade”, destacou.

Em relação à diferença no número de unidades, o vereador Marcos Jammal (PSDB) afirmou que não foi feita a destinação das 540 casas do Alfredo Freire. “Foi selecionado só um módulo, que só tem cerca de 250 famílias”, alegou.

Embora a quantidade ainda seja maior que a capacidade do residencial Magnólias, Jammal manifestou que poderia ser feito um sorteio para definir as famílias que seriam transferidas.

O contrato para a construção das 540 moradias do Alfredo Freire 4 foi assinado em 2013 entre a Caixa e a primeira construtora. A previsão era que a obra fosse entregue em 2016, mas a empresa abandonou o canteiro. Em 2019, outra construtora assumiu o serviço e, também, desistiu do contrato. Desta forma, as famílias contempladas aguardam há cinco anos a entrega das unidades habitacionais.

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