COMBATE À DENGUE

Uberaba vai usar drones contra a dengue, mas não no atual pico

Estado liberou recurso para a contratação de empresa de drones, mas o processo de licitação não deve ser concluído até o pico da doença na cidade, esperado para abril

Gisele Barcelos
Publicado em 10/02/2024 às 18:34Atualizado em 11/02/2024 às 08:30
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Os drones devem ser usados tanto para mapear locais com focos do mosquito quanto para pulverização do inseticida (Foto/Reprodução)

Os drones devem ser usados tanto para mapear locais com focos do mosquito quanto para pulverização do inseticida (Foto/Reprodução)

Uberaba utilizará drones para intensificar ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, mas nova ferramenta não estará disponível de imediato para o pico previsto agora no começo do ano. A ativação dos equipamentos depende da conclusão de processo licitatório que ainda está em andamento.

Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, Matheus Assumpção, o Estado anunciou no fim do ano passado recursos para viabilizar o uso de drones nos municípios para o reforço da prevenção contra o Aedes aegypti e Uberaba está entre as cidades contempladas, porém, os trâmites para a liberação do recurso foram concluídos somente no começo de 2024. Cerca de 320 mil foram destinados a Uberaba para custeio do uso de drones.

A partir do recebimento da verba, o diretor afirmou que foi dado início à elaboração do estudo técnico preliminar e do termo de referência que precedem o lançamento da licitação para contratar a empresa que prestará o serviço ao município. A política do Estado só foi possível de ser implementada agora no início de 2024. Então, não teve morosidade do município”, argumentou.

Devido aos prazos legais do processo licitatório comum, Assumpção posicionou que os drones não devem fazer parte das estratégias de combate ao mosquito agora no começo do ano. “A gente precisa tratar com responsabilidade em relação aos prazos. Nosso pico está previsto para abril e o processo não conseguiria andar para sua conclusão até esse momento. Não adianta a gente criar expectativa de utilização desse recurso até abril porque a lei de licitação traz os prazos que devem ser obedecidos”, reforçou.

Conforme o diretor de Vigilância em Saúde, a meta é deixar tudo preparado para acionar o uso dos drones a partir deste ano. Segundo ele, o contrato terá duração de 12 meses e será uma política permanente quando a licitação for concluída. O principal objetivo com o uso do equipamento será mapear a cidade e identificar imóveis fechados com a presença de focos do mosquito. No entanto, Matheus declarou que a resolução do Estado permite também a pulverização de inseticidas com o aparelho e a medida pode ser adotada pelo município.

Por enquanto, não há definição de quantos drones serão utilizados em Uberaba. O diretor de Vigilância em Saúde pondera que a verba estadual não pode ser utilizada para a compra dos aparelhos, apenas para a contratação de empresa que prestará o serviço. Desta forma, caberá à vencedora da licitação apontar quantos equipamentos serão necessários para o mapeamento completo da cidade.

Com os drones, Matheus espera que seja possível aumentar o número de imóveis trabalhados pelos agentes de combate a endemias, além de organizar visitas nos fins de semana para tentar encontrar o morador e viabilizar o acesso ao imóvel. Ele salientou que a ferramenta poderá captar imagens de locais abandonados com criadouros do mosquito para viabilizar a solicitação à Justiça da liberação à entrada forçada.

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