Triunfo-Concebra argumenta que trecho escolhido para duplicação na BR-262 e início de cobrança de pedágio em 2015 seguiu os critérios estabelecidos no edital da concessão. A empresa duplicou apenas 66 quilômetros da rodovia para cumprir a exigência de realizar 10% das obras previstas no contrato, porém, houve questionamentos sobre a decisão de realizar a intervenção no segmento entre Uberaba e Campo Florido.
O diretor executivo da empresa, Thiago Vitorello, justificou que o edital estabeleceu que deveriam ser escolhidos primeiramente para a duplicação os trechos da BR-262 onde as obras causassem menor impacto ambiental. “Duplicamos 66 quilômetros dentre Campo Florido e Uberaba, que possibilitava rapidamente fazer as intervenções e os serviços, visto o menor impacto ambiental. Mas era uma premissa que o edital continha, que precisavam ser escolhidos trechos não por critério técnico de volume de tráfego, e sim por critério de menor impacto ambiental”, alegou.
Além disso, o diretor ressaltou que a intenção da empresa era cumprir o pactuado e concluir a duplicação da rodovia conforme previsto no contrato, mas o recuo no financiamento anunciado pelos bancos públicos inviabilizou a concessão.
Já o diretor-presidente da concessionária, Odenir José Sanches, manifestou que a crise que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 paralisou os compromissos firmados para projetos de infraestrutura, devido à mudança na política econômica que acabou resultando no fim dos empréstimos subsidiados pelo governo federal e na frustração do financiamento aguardado junto aos bancos públicos.