POLÍTICA

Piau diz que negociação salarial com servidores será só em março

Sindicato tentava antecipar debate para evitar entraves por causa do período eleitoral, que impede aumento real a partir de abril

Gisele Barcelos
Publicado em 14/01/2020 às 20:39Atualizado em 18/12/2022 às 03:30
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Jairo Chagas

Prefeito Paulo Piau não descarta conversar com sindicalistas antes de março, mas diz que sem definições

Pontapé em negociação salarial com o funcionalismo só será dado em março, conforme o prefeito Paulo Piau (MDB). Sindicalistas tentavam antecipar o debate sobre o reajuste para este mês para evitar entraves devido ao período eleitoral, mas o chefe do Executivo descartou a possibilidade de tratar o assunto no momento. 

Piau salienta que o diálogo está aberto com os sindicalistas e está pronto para recebê-los a qualquer momento, mas posiciona que a campanha salarial só terá início em março. “Podemos nos reunir a qualquer momento. O pontapé da negociação só em março”, manifesta.

Segundo o prefeito, nenhum posicionamento pode ser dado agora porque é necessário aguardar o comportamento das receitas no começo do ano. “Vamos analisando os números em janeiro e fevereiro. Em março, nós sentamos para verificar o que é possível fazer dentro do que foi pedido”, declara.

O chefe do Executivo também voltou a repetir a intenção de conceder aumento real este ano para o funcionalismo, mas ressaltou que a definição sobre o índice depende das condições financeiras da Prefeitura de Uberaba. “Vamos medir tudo o que é possível fazer em benefício do servidor. Estou satisfeito com o desempenho dos funcionários. Vamos tentar conceder o máximo [de reajuste]”, afirma.

Devido ao ano eleitoral, sindicalistas estão correndo contra o tempo para evitar entraves na negociação salarial. O calendário eleitoral estabelece prazo de seis meses antes da eleição para a concessão de aumento real ao funcionalismo. Por isso, qualquer índice acima da inflação deve ser oficializado até o dia 4 de abril. 

A lista de reivindicações dos funcionários da Prefeitura foi encaminhada em dezembro para a análise do governo municipal. Entre as demandas estão pedido de reajuste salarial de 14,79%, sendo 4,79% para recompor a inflação do ano passado e 10% de aumento real. A categoria também solicita aumento do tíquete-alimentação de R$520 para R$700.  Fazenda dá início à análise de receita para definir reajuste 

Secretaria Municipal da Fazenda já deu início à análise do comportamento das receitas para um parecer sobre o índice de reajuste salarial que será concedido ao funcionalismo em 2020. Uma contraproposta deve ser apresentada em março pelo Executivo aos sindicalistas.

O titular da pasta, Wellington Fontes, ressaltou que há uma disposição do governo em conceder aumento real à categoria este ano e os cálculos já começaram a ser feitos. “O estudo está em andamento. Vamos fazer todo o possível para oferecer um reajuste dentro da nossa realidade”, declara.

No entanto, Fontes salienta que a categoria precisa ter uma expectativa realista quanto à negociação salarial. Ele lembra que o aumento real é qualquer percentual acima da inflação verificada no período, mesmo que seja apenas 0,5% acima da variação da inflação. “Precisa ser algo que o município possa cumprir”, argumenta. 

De acordo com o secretário, Prefeitura precisa conceder um índice que esteja dentro da capacidade financeira e os cofres municipais hoje estão com recursos limitados. “A capacidade financeira é muito exígua, é mínima. Então, não vamos nos iludir com um aumento real surpreendente. Isso não vai acontecer”, encerra.

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