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PF apreende cadernos que sugerem suposta propina a ex-presidente do INSS

Anotações indicam possíveis irregularidades envolvendo Alessandro Stefanutto e o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Oliveira Filho

O Tempo
Publicado em 07/05/2025 às 15:06
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Operação da Polícia Federal (Foto/Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) apreendeu cadernetas com anotações que sugerem um suposto pagamento de propinas a integrantes da cúpula do INSS, durante investigação do esquema que fraudava as mensalidades de aposentados e pensionistas com descontos ilegais. A informação é do jornal O Globo.

Em um dos cadernos, havia as anotações "Virgilio 5%" e "Stefa 5%". Para os investigadores da PF, pode ser um indicativo de que pagamentos teriam sendo feitos ao ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Oliveira Filho, e ao ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto. Ambos deixaram seus cargos após o escândalo vir à tona.

Os pagamentos irregulares teriam sido feitos pelo lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, apelidado pela PF como “Careca do INSS”. Foi no escritório dele que os agentes encontraram os cadernos. Antunes é suspeito de ser um dos facilitadores do esquema de desvios.

Os materiais foram apreendidos durante a Operação Sem Desconto, deflagrada no último dia 23, quando foi revelado o esquema pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Esta foi apenas a primeira fase da operação, que deve ter novas etapas ao longo dos próximos meses.

Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto afirma que o conteúdo encontrado "não guarda qualquer conexão com fatos, valores ou atos praticados por Alessandro Stefanutto, tampouco com decisões adotadas em sua gestão" e se trata “de citação apócrifa, sem autoria confirmada, contexto conhecido ou valor probatório".

Escândalo derrubou ministro da Previdência e presidente do INSS

O escândalo na Previdência começou no último dia 23 com uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou irregularidades em descontos nos pagamentos das pensões e aposentadorias.

Segundo a investigação, entidades e associações fraudaram R$ 6,3 bilhões, retirados ilegalmente dos salários pagos aos pensionistas e aposentados do INSS. A medida imediata do governo foi garantir o ressarcimento dos valores; ainda que o Planalto não saiba como fará e de onde o dinheiro será retirado.

No dia da operação, a Justiça determinou o imediato afastamento de Alessandro Stefanutto, presidente do INSS. Ele foi demitido horas depois por ordem do presidente Lula. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, caiu pouco depois. O petista o demitiu e nomeou o secretário-executivo Wolney Queiroz como titular da pasta.

Fonte: O Tempo

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