Inicialmente prevista para o dia 15 de abril, a mobilização dos trabalhadores foi remarcada para hoje a fim de garantir o cumprimento do prazo legal de 72 horas de notificação (Foto/Divulgação)
Pleiteando a reabertura da negociação salarial, trabalhadores da Codau paralisaram parcialmente as atividades ontem. O movimento se estendeu por duas horas no início da manhã, com grupo mobilizado em frente à unidade da avenida Nenê Sabino.
De acordo com o presidente do Sindae (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto), Adelair Donizete Ribeiro, a categoria retomará as atividades normalmente nesta quarta-feira (23), enquanto espera um posicionamento da direção da Codau.
Caso não haja uma sinalização para a reabertura da negociação salarial, o sindicalista posicionou que será convocada uma nova assembleia para deliberar sobre a deflagração de estado de greve. “Vamos ver o que o servidor quer para definirmos os próximos passos”, ressaltou.
A categoria decidiu pela paralisação diante da ausência de qualquer proposta de reajuste salarial ou recomposição inflacionária por parte da Administração Municipal.
Na pauta de reivindicações, os trabalhadores pleiteavam 10% de reajuste salarial e 15% a mais no tíquete-alimentação. O pedido foi negado e nenhuma contraproposta foi apresentada pelo governo.
Segundo a assessora jurídica do Sindae, Natália Salge, a tentativa agora é viabilizar, ao menos, a inflação acumulada para preservar o poder de compra dos salários. “Estamos pedindo o que está regulamentado em lei, que é a aplicação do índice inflacionário. É um importe de 5%”, disse.
No ofício encaminhado à Codau, a direção do sindicato alerta que a omissão do Município em garantir a revisão pode configurar descumprimento constitucional e acarretar responsabilização legal. (GB)
Boxe
Movimento não afetou a prestação de serviços, informou a companhia
Apesar da paralisação dos trabalhadores ontem, a Codau manifestou que a prestação de serviços à comunidade não foi afetada.
Por meio de nota, a direção ressaltou que as atividades da companhia são consideradas serviços essenciais e seguem regramento jurídico específico.
O texto ainda posicionou que existem procedimentos prévios à paralisação que devem ser comprovados pelo Sindicato e a questão está sendo avaliada.
De acordo com o presidente do Sindae, Adelair Donizete Ribeiro, os documentos foram apresentados para mostrar que o movimento foi notificado com antecedência à direção da Codau e tudo ocorreu dentro da legalidade.