NECESSÁRIO

Estado estabelece ações para conter propagação de casos da gripe aviária

Marconi Lima
Publicado em 28/05/2025 às 21:12
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Titulares da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária e do Instituto Mineiro de Agropecuária, durante entrevista ontem (Foto/Divulgação)

Titulares da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária e do Instituto Mineiro de Agropecuária, durante entrevista ontem (Foto/Divulgação)

Após decretar  Situação de Emergência Sanitária Animal devido ao registro de um caso de gripe aviária, a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seapa) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) apresentaram detalhes das ações que serão implementadas para conter a propagação da doença no estado.

Entre as iniciativas apresentadas na manhã dessa quarta-feira estão medidas de biosseguridade das granjas comerciais, políticas de educação sanitária e vigilância nas propriedades classificadas como de risco, além de cadastro e vistoria em criatórios de subsistência e ações sanitárias em eventuais áreas de foco da doença.

A diretora-geral do IMA, Luiza Castro, ressalta que a chegada da notificação é um sinal de que o sistema de vigilância do Estado é eficiente. “Principalmente em um caso como este, que envolve uma ave de vida livre, que é de identificação mais difícil”, avaliou.

Com o caso confirmado, o governo passou a tomar medidas para conter a disseminação do vírus a partir da propriedade onde houve o registro.

O Estado decretou a Situação de Emergência Sanitária Animal devido ao registro de um caso de gripe aviária em ave ornamental em um sítio localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

O secretário adjunto da Seapa, João Ricardo Albanez, destacou que as autoridades sanitárias em Minas estão otimistas do ponto de vista de que a preservação da avicultura comercial será mantida.

“Minas vem passando pelo momento da demanda mundial por proteína animal. Nos quatro primeiros meses do ano, tivemos um aumento de mais de 10% no volume de exportações de aves, quando chegamos a exportar 26 mil toneladas”, ressaltou.

Em 2023, Minas Gerais já havia registrado uma ocorrência. Naquele ano, um pato de vida livre da espécie Cairina moschata foi diagnosticado com Influenza Viária de Baixa Patogenicidade (H9N2), que costuma causar pouco ou nenhum sintoma clínico nas aves e não oferece qualquer risco para os seres humanos.

“A influenza aviária é uma doença que, até maio de 2023, era considerada como exótica no Brasil. O vírus, porém, é comum em aves de vida livre, aves migratórias e em passarinhos. O que tem acontecido é que desde 2018 esse vírus ganhou uma patogenicidade maior, que tem causado uma onda de doenças, e é aí que começa a intensificação das vistorias sistematicamente nas granjas, exatamente para verificar se os produtores comerciais implementaram as medidas necessárias para a prevenção do vírus”, destacou a diretora técnica do IMA, Izabela Hergot.

A secretária adjunta de Saúde de Minas Gerais, Poliana Cardoso Lopes, esclareceu que a gripe aviária não é transmitida pelos alimentos, que precisam ser bem cozidos. “Não há nenhum risco no consumo de ovos e carne de frango para a saúde humana. O contágio não acontece por meio do consumo, ele ocorre com base no contato direto com as aves infectadas. Então não é uma questão de saúde humana, estamos tranquilos em relação a isso”, esclareceu. 

A transmissão das aves para os humanos não é comum, mas pode ocorrer em pessoas expostas a uma grande carga viral ou que estejam com baixa imunidade. ​“Com a utilização correta dos equipamentos de proteção individual (EPIs), não há risco para os trabalhadores (das granjas). Também alertamos que, na eventualidade de encontrar alguma ave morta pelo caminho, a pessoa não deve tocar nela, e é importante que colabore com o sistema de vigilância fazendo a notificação para o IMA e para a Emater”, pontua.

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