Presidente da Câmara Municipal denunciou no Plenário do Legislativo ao revelar a existência de ocorrência policial e acionou a Comissão de Educação, que já cobrou da Prefeitura abertura de Processo Administrativo
Fato aconteceu na Escola Municipal Cívico-Militar José Geraldo Guimarães, onde o diretor teria sido acionado para resolver um problema relacionado a lugares no ônibus escolar (Foto/Reprodução)
Diretor é acusado de agressão a estudante da rede municipal e Comissão de Educação do Legislativo solicita à Prefeitura instauração de processo administrativo para apuração do caso.
A Polícia Militar foi acionada na semana passada por familiar do aluno e lavrou boletim de ocorrência contra o diretor. Conforme o documento, o jovem entrou no transporte escolar para o deslocamento até a Escola Municipal Cívico-Militar José Geraldo Guimarães e constatou que outro aluno estava sentado no banco que ele geralmente utiliza. Por isso, destinou-se a um assento diferente.
No entanto, o boletim relata que houve reclamação devido à mudança de lugar no ônibus e a supervisora do transporte chamou o diretor da escola, que entrou no veículo e passou a exigir que o estudante desocupasse o assento.
Ainda segundo o documento lavrado pela Polícia Militar, diante da negativa do jovem, o diretor teria agarrado o aluno pelo braço e o arrastado para fora do ônibus. Também teria pressionado o estudante contra a parede.
O presidente da Câmara Municipal, Ismar Marão (PSD), teve acesso à denúncia feita à Polícia Militar e acionou os representantes da Comissão de Educação no fim da sessão plenária ontem. “Pedimos à comissão para acompanhar de perto. Não é a primeira vez que o diretor perde o equilíbrio em relação aos alunos”, declarou.
Na tarde de ontem, a presidente da Comissão de Educação, vereadora Rochelle Gutierrez (PDT), protocolou ofício na Prefeitura e demandou que processo administrativo seja instaurado para apuração da conduta do diretor em função da gravidade da denúncia. A parlamentar também solicitou que a comissão seja comunicada dos desdobramentos do processo.
A Secretaria de Educação posicionou que não compactua e repudia qualquer tipo de violência, informando que ouviu as partes envolvidas e acolheu imediatamente o aluno e responsável. Ainda conforme a pasta, o caso foi encaminhado para apuração da Controladoria-Geral do Município, a quem compete a investigação e possíveis penalidades administrativas a serem aplicadas, mas também será acompanhado de perto pela Secretaria.