Relacionamentos na terceira idade: ainda dá tempo de experienciar o amor?
Encontros e desencontros nesta idade enfrentam estigma social
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O amor é um sentimento fundamental em todas as etapas da vida. No livro Comer, Rezar e Amar, a autora Elizabeth Gilbert relata que, mesmo em sobreviventes de guerra, o amor se sobrepõe ao trauma e toma a posição central nas prioridades dos indivíduos. No entanto, apesar desta importância ser um senso comum entre a comunidade, o amor na terceira idade ainda é encoberto por tabu.
O geriatra Galvani Agreli afirma que relacionamentos nesta etapa da vida são benéficos às pessoas, trazendo mais saúde e disposição. “Obviamente que todo relacionamento pode também, assim como nas demais idades, trazer conflitos. Ainda assim, os mesmos podem acender a chama da jovialidade. Também os benefícios físicos por ativar maior mobilidade que normalmente surge nos novos relacionamentos com passeios, caminhadas e atividades sexuais”, explica.
Estes benefícios abrangem também a saúde mental, minimizando sintomas depressivos e a solidão.
Porém, isto não significa que o relacionamento não enfrente desafios. Aí, é preciso estar atento e até mesmo se policiar para não acabar criando empecilhos para as pessoas com relação ao relacionamento e até ter um olhar vigilante sobre a situação, como analisa o pediatra. “Desafios [que podem existir] relacionados a problemas familiares, pois eventualmente pode existir não aceitação pelos filhos e netos. Há que se preocupar também com a questão financeira, pois algumas vezes os idosos podem ser vítimas de pessoas inescrupulosas interessadas apenas em interesse de ganho econômico”, diz.
Oposto aos relacionamentos, é comum ver isolamento e solidão entre a população nesta faixa etária. Segundo Galvani, esse isolamento pode trazer prejuízos até na condição física do idoso, além da condição mental. “O isolamento social e a solidão podem ser causas de depressão, desnutrição e inclusive traumas para aqueles idosos mais debilitados que podem sofrer quedas com lesões de diversas naturezas. O isolamento nessa faixa etária se configura como um problema de saúde pública inclusive como causa de institucionalização”, afirma.
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