Nutricionista Paula Ribeiro alerta que é preciso olhar para o todo e procurar a causa da ingestão errada e/ou excessiva de alimentos
Arquivo Pessoal
Segundo a nutricionista Paula Ribeiro, açúcar, leite e glúten são verdadeiros vícios e, mesmo sendo a favor do equilíbrio, alguns alimentos não devem estar presentes na nossa alimentação
Não existe atalh a melhor forma de se livrar de uma vez por todas do famigerado “efeito sanfona” é encarando de frente uma mudança de hábitos. A começar pelo foco. “Enquanto estivermos focados apenas no peso, estaremos olhando na direção errada. O temido ‘efeito sanfona’ ocorre porque não olhamos a causa desta variação de peso, que, diga-se de passagem, vai muito além de apenas contar calorias para emagrecer”, alerta a nutricionista Paula Ribeiro.
Ela pondera que tanto a nutrição funcional quanto a medicina funcional têm objetivo de rastrear sintomas que levam aos desequilíbrios existentes no organismo. Trocando em miúdos, é primordial verificar se tudo funciona direitinho antes de procurar o melhor caminho para o peso saudável.
“O excesso de consumo de alimentos industrializados inativa nossas enzimas digestivas através dos aditivos, conservantes, corantes alimentares, dificultando o processo de digestão dos alimentos, bem como sua absorção. A constante agressão ao intestino por toxinas, alimentos mal digeridos, bactérias nocivas, parasitas, tornam a barreira intestinal permeável, o que chamamos de hiperpermeabilidade intestinal. Este processo faz com que tudo que não deveria seja absorvido, dando início aos processos inflamatórios, que nada mais são que a reação do nosso sistema imune aos corpos estranhos que adentraram à corrente sanguínea através da permeabilidade da barreira intestinal. Todo esse ‘lixo’ absorvido, ocupa lugares de minerais, hormônios etc. Daí a importância de cuidar do todo! É imprescindível limpar tudo isso para que nosso organismo volte a funcionar adequadamente e, somente assim, o planejamento alimentar funcionará sem que sejam necessários radicalismos e dietas mirabolantes”, aconselha Paula.
O papel do intestino tem sido ressaltado pelos profissionais da Saúde e visto como “o segundo cérebro” do corpo humano. “A saúde intestinal também está diretamente relacionada à ansiedade, depressão, compulsão, portanto o processo de reeducação alimentar também se torna mais suave quando cuidamos do intestino!”, explica a nutricionista.
Mas como encarar a vida sem açúcar e glúten? Tratando esse “vício”. “O açúcar, o leite, o glúten são produtos altamente viciantes e prazerosos porque agem no nosso organismo como uma droga. Além disso, são altamente inflamatórios e, portanto, agridem a parede intestinal. Com o aumento alarmante de doenças autoimunes, autismo, transtornos neurológicos é urgente repensarmos nossa alimentação atual. Está em vários artigos científicos o quanto esses alimentos alteram funções metabólicas e comportamento”, alerta a especialista.
“Temos que sair um pouco da zona confortável de comer somente o que é gostoso e viciante e nos conscientizarmos da importância de desembalar menos e descascar mais. Eu prezo pelo equilíbrio, mas também sou da opinião de que alguns alimentos não devem estar presentes na nossa alimentação. A escolha está sempre em nossas mãos. Cuidar da saúde ou da doença? Faça sua escolha!”, ressalta Paula Ribeiro.