Rodrigo Molina explica que muitas pessoas tentam ganhar dinheiro vendendo produtos ou oferecendo serviços para melhorar o sistema imunológico
Os recentes casos do coronavírus no Brasil e no mundo têm acendido as preocupações da população sobre o contágio da doença. Além dos cuidados como higienização das mãos e mudanças de hábitos na forma de cumprimentar as pessoas, especialistas alertam para as notícias falsas, que mais desinformam do que auxiliam na prevenção a qualquer doença.
Em entrevista à Rádio JM, o infectologista do Hospital de Clínicas da UFTM, Rodrigo Molina, explica que o coronavírus é da família dos vírus respiratórios, já conhecido pelo mundo. “É um vírus da década de 60, que já causou algumas outras epidemias no passado no Oriente Médio e na China, com uma taxa letalidade baixa, principalmente se comparado com outros, como a dengue, HIV, tuberculose”, explica o infectologista.
O médico fez um alerta à população quanto às informações falsas sobre a doença. “É natural que as pessoas se preocupem e tomem os devidos cuidados, porque apesar de ser uma doença antiga, com o passar o tempo o vírus sofreu algumas mutações e estamos todos aprendendo como ele age, e não sabemos de fato qual a situação da China, mas ainda assim é preciso ser sensato”, pondera.
E ressalta. “É preciso ter cuidado com as fake news. Tem pessoas usando disso para ganhar dinheiro, vendendo produtos, medicamentos e até serviços para melhorar o sistema imunológico com a promessa de que a pessoa não vai pegar o vírus. Não existe fórmula mágica. Com estado imunológico bom ou não, se a pessoa tiver contato com o vírus, ela vai adquirir a doença. Não existe nada para se tomar para prevenir, nenhum tipo de medicamento ou alimento”, conclui Molina.