SAÚDE

Universidade estadual desenvolve pesquisa sobre câncer raro

Estudo pode ajudar no diagnóstico de tratamento da doença na saliva, que é de difícil detecção

Agência Minas
Publicado em 03/03/2020 às 13:41Atualizado em 18/12/2022 às 04:38
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Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) pode ajudar no diagnóstico de tratamento do câncer salivar, um tipo pouco comum da doença e de difícil detecção.

Publicados na revista eletrônica científica internacional Applied Soft Computing, uma das principais publicações mundiais sobre saúde, os estudos são desenvolvidos em conjunto pelos programas de mestrado em Modelagem Computacional e de doutorado em Ciências da Saúde, com base em um algoritmo associado a um gene marcador.

O diferencial é a possibilidade de um diagnóstico mais preciso a respeito da natureza do tumor, com identificação das neoplasias malignas. Vale destacar que, em caso de suspeita de câncer salivar, a diferença no diagnóstico de tumor maligno ou benigno é bem sutil.

A doença. Conforme os autores, este tipo de câncer – em glândula salivar – não é comum e possui alguns desafios. Entre os principais está “a sutil diferença clínica nos estágios iniciais de neoplasias benignas e malignas”. Isso pode dificultar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento. As lesões em glândulas maiores têm difícil acesso. Muitas vezes, é necessária a remoção de toda a glândula e as cirurgias podem ter complicações, por exemplo, a perda do controle dos músculos faciais.

Na busca por um diagnóstico preciso, o trabalho usou um algoritmo desenvolvido na própria Unimontes, a partir de uma metodologia de bioinformática modificada pelos professores da universidade. Antes de qualquer experimento, foi sugerido um marcador: o gene RPS 15 – que foi validado em amostras de pacientes.

Segundo o professor André Sena Guimarães, “este tipo de estudo associado à bioinformática é uma tendência mundial que representa economia de tempo e de recursos financeiros”.

Parceria. O professor Marcos Flávio D’Ângelo lembra que a parceria envolvendo as duas áreas teve início em 2014. Desde então, vários alunos foram orientados em seus artigos, teses e dissertações. “Atuar em dois programas de áreas diferentes contribui sobremaneira para a qualificação profissional”, opina. “É um aprendizado mútuo, especialmente pela oportunidade de contribuir com outra área e, ao mesmo tempo, conhecer experiências de outras pessoas”, complementa André Sena Guimarães. 

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