Infestação do Aedes aegypti cai, mas situação continua em alerta

Sandro Neves

Números do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) foram apresentados ontem no gabinete do prefeito

Índice de infestação do Aedes aegypti caiu de 8,7% em janeiro para 3,7% em abril. Apesar da redução, grande parte dos bairros ainda continua em estado de alerta devido à proliferação do mosquito. O resultado foi apresentado ontem pela Secretaria Municipal de Saúde.

Conforme o levantamento, os maiores índices de infestação predial foram verificados nos bairros Umuarama, Parque dos Girassóis 2, Vainice Andrade, Residencial Beija-Flor, Vila Arquelau, Alfredo Freire, Residencial Morumbi 2 e Portal do Sol, que registraram percentual acima de 10%.

No entanto, outras regiões também apresentaram índices altos na pesquisa atual e estão também em estado de alerta, de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde. É o caso do Morada das Fontes (9,25%), Jardim Espírito Santo (8,69%), Residencial 2000 (8,52%), Frei Eugênio (8,33%), Morada do Sol (8,33%), Chica Ferreira (7,46%) e Parque do Mirante (7,14%).

Os vasos de plantas e bebedouros de animais continuam sendo os principais criadouros do mosquito na cidade. Esse tipo de depósito representa 36,3% dos focos encontrados no segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O segundo maior problema são os resíduos sólidos, sucatas e entulhos de construção (35,5%).

O secretário municipal de Saúde, Iraci Neto, posiciona que a redução do índice é resultado da intensificação das ações de combate, como o fumacê e os mutirões de limpeza. No caso do Mutirão da Limpeza, 22 bairros foram atendidos e 82 caminhões de resíduos recolhidos desde o início do ano, totalizando 73.757kg de lixo retirados das ruas. “Vamos continuar as ações, haja vista que o trabalho com a dengue é contínuo o ano todo e a rotina de trabalho é mantida”, salienta.

Iraci pondera que o mutirão continuará até o próximo mês com foco nos bairros com pior índice de proliferação do mosquito. Passada a fase crítica de transmissão da dengue, o secretário afirma que a continuidade da ação será analisada juntamente com a equipe. “Há um custo operacional e nós temos que ter também responsabilidade fiscal. Foi necessário para reduzir os índices de janeiro. Com este resultado positivo acreditamos que a rotina do trabalho poderá manter o nível estável até o próximo ciclo.”

Conforme dados da pasta, o município desembolsou R$109.430,94 com horas extras, equipamentos e insumos para reforçar o fumacê, realizar o mutirão de limpeza e desenvolver campanhas educativas.

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