Estado admite picos de energia e uso racionado de água em presídio

Após enxurrada de denúncias encaminhadas à reportagem do Jornal da Manhã, a administração da Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba negou falta de água e energia na unidade, mas admitiu problemas relacionados ao sistema elétrico, o que leva também à racionalização de água. De acordo com os relatos, os detentos estariam em condições insuficientes de assistência, sem luz e com racionamento de água.

“Está acontecendo frequentemente na Penitenciária de Uberaba. Houve visita na unidade e foi relatada a falta de água e energia desde domingo. Como familiar, pedimos a ajuda, os reeducandos estão ali pagando suas penas, mas deveriam ter um pouco de humanidade, ninguém fica sem água não”, relataram familiares dos encarcerados.

Em resposta aos questionamentos do JM, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), responsável pela unidade prisional, afirmou que as denúncias não procedem, mas houve problema com o aparelho de abastecimento elétrico.

“Na madrugada de domingo, 31/7, houve problema com transformador existente próximo à unidade prisional. Desde então, a penitenciária tem usado um gerador, até a solução da questão. Temporariamente, por alguns minutos, há registros de queda de energia, sem prejuízos para a rotina, entretanto. Em relação à água, também não há falta, apenas o uso racionado, o que já acontece de forma ordinária”, disse a Sejusp, em nota.

Entretanto, a Secretaria informou que não há data para regularização da situação, e que o gerador, utilizado de maneira ordinária, pertence à Penitenciária.