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Cresce em 4% o número de brasileiros em extrema pobreza, equivalente a quase 2 milhões de pessoas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje os indicadores de pobreza no Brasil entre os anos de 2016 e 2017. Os dados apontam que houve um aumento de 4%, ou seja, quase 2 milhões de pessoas.
Considerando-se a linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial (rendimentos de até US$ 5,5 por dia, ou R$ 406 por mês), a proporção de pessoas pobres no Brasil subiu de 25,6% da população, em 2016, para 26,5%, em 2017. Em números absolutos, esse contingente era de 52,8 milhões, em 2016, e subiu para 54,8 milhões de pessoas, em 2017.
Já o contingente de pessoas com renda inferior a US$ 1,90 por dia (R$ 140 por mês), que estariam na extrema pobreza de acordo com a linha proposta pelo Banco Mundial, representava 6,6% da população do país em 2016, contra 7,4% em 2017. Em números absolutos, esse contingente aumentou de 13,5 milhões em 2016 para 15,2 milhões de pessoas em 2017.
Na análise educacional, a Síntese de Indicadores Sociais 2018 (SIS) mostrou que a proporção de matrículas por cotas no ensino superior público triplicou nos últimos 7 anos: de 2009 a 2016, esse percentual subiu de 1,5% para 5,2%. Nas instituições privadas, no mesmo período, o percentual de matrículas com PROUNI subiu 28,1%.
A taxa de ingresso ao ensino superior dos alunos oriundos da escola privada era 2,2 vezes a dos que estudaram na rede pública. Entre os que concluíram o nível médio na rede pública, 35,9% ingressaram no ensino superior, contra 79,2% dos que cursaram a rede privada. Desigualdade
Os dados divulgados mostram que metade da população de Norte e Nordeste vive com até meio salário mínimo e Negros ou pardos continuam a predominar entre os mais pobres. Apesar disso, o Acesso à internet aumentou para pessoas em situação de pobreza, mas por outro lado, mais de um terço da população não tem acesso ao serviço de esgoto.
E m 2017, os a população ocupada de cor branca ganhava, em média, 72,5% mais que a preta ou parda e os homens recebiam 29,7% a mais que as mulheres. Já o úmero de desocupados cresceu 6,2 milhões entre 2014 e 2017