GERAL

Hotéis geriátricos são alternativa para famílias com rotina atarefada

A humanização, com amor, atenção e carinho, deve ser o diferencial para suavizar e adoçar a vida de idosos, dependentes e independentes, que vivem em instituição de longa permanência

Thassiana Macedo
Publicado em 08/10/2017 às 23:27Atualizado em 16/12/2022 às 09:58
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O papel da instituição é oferecer moradia, alimentação, vestuário e cuidados para manter a qualidade de vida

O envelhecimento populacional está ocorrendo em um contexto de grandes mudanças sociais, culturais, econômicas, institucionais, no sistema de valores e na configuração dos arranjos familiares. Para o futuro próximo, espera-se um crescimento, a taxas elevadas, da população muito idosa, com 80 anos ou mais. A expectativa do crescimento desse segmento populacional está sendo acompanhada pela incerteza das condições de cuidados que os idosos vão experimentar.

Para a gerontóloga Elizabeth Carvalho Santos Freitas, administradora de um hotel geriátrico de Uberaba, apesar de a legislação brasileira estabelecer que o cuidado dos membros dependentes deve ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso. “Isso ocorre devido à nova estruturação familiar que vem se formando ao longo dos anos, em que se optam muito por ter poucos filhos, se manter solteiro e, também, pela participação da mulher, cuidadora principal, no mercado de trabalho. Isso levou ao surgimento de instituições que dividem com a família as responsabilidades no cuidado com a população idosa, ou seja, a residência em instituições tem se tornado uma prática comum na sociedade brasileira”, explica.

Neste cenário, a gerontóloga destaca que o papel da instituição de longa permanência para idosos, como é o caso dos hotéis geriátricos, é prestar aos assistidos moradia, alimentação, vestuário, serviços médicos e cuidados de enfermagem, de forma a manter a qualidade de vida, a saúde e a integridade física e mental dos idosos. “Além disso, é importante que haja a atuação de profissionais da área de fisioterapia e terapia ocupacional, propondo atividades que promovam algum grau de integração entre os residentes e ajude-os a exercer um papel social”, frisa.

Elizabeth Carvalho afirma, ainda, que as instituições de longa permanência têm o intuito de ser a extensão do lar do idoso. “É onde ele receberá cuidados de profissionais qualificados, de acordo com suas necessidades, a princípio com a participação familiar efetiva, supervisionando e coordenando no que for necessário, com foco no bem-estar de todos, idosos e familiares. A humanização, ou seja, o ato de cuidar com amor, atenção e carinho deve ser o diferencial para suavizar e adoçar a vida de idosos, dependentes e independentes, que vivem em instituição de longa permanência”, reforça a gerontóloga, administradora de um hotel geriátrico.

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