OBRA

Viaduto inaugurado sem calçada completa incomoda moradores; vídeo

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 27/04/2023 às 08:47Atualizado em 27/04/2023 às 09:11
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Situação da calçada incompleta no recém-inaugurado viaduto do Cyrela (Foto/JC Duran)

Situação da calçada incompleta no recém-inaugurado viaduto do Cyrela (Foto/JC Duran)

O recém-inaugurado viaduto do Cyrela, na Avenida das Torres, começa a receber as primeiras reclamações por parte de moradores da região. A reportagem do Jornal da Manhã recebeu relatos de pedestres que questionam a ausência de uma calçada completa na parte superior do viaduto, colocando em risco a vida das pessoas que optam por andar por lá. 

Atualmente, após a entrega da obra, a parte lateral superior do viaduto tem uma calçada incompleta, que termina antes do pico da passagem. A situação causa estranheza, já que obriga pedestres a transitarem no meio das faixas de veículos.

Em resposta aos questionamentos do JM, o secretário de Serviços Urbanos e Obras (Sesurb), Anderson Passos, respondeu que a obra foi realizada conforme o projeto existente, que não levava em consideração a angulação da curva na Avenida das Torres. “Se você pegar a imagem no Google Earth, o tabuleiro do viaduto, a parte de concreto, não está alinhada com a Avenida das Torres. Não sei por quê. Quando decidimos por concluir a obra, precisávamos conformar o asfalto para que as duas pistas se encaixassem, e forçou um cenário onde não é possível concluir essa parte sem aumentar o talude, que prejudicaria os moradores na parte inferior. Nós executamos conforme o projeto que existia”, declarou Passos.

Na explicação do secretário, para criar uma calçada completa na parte alta da passagem, seria preciso aumentar a área do talude lateral, da terra que desaba na parte inferior, ou criar um muro de arrimo, o que também pode incomodar os moradores. “O viaduto sendo implantado próximo das casas impedia que pudesse ter aquela calçada. Se a gente estendesse o talude, a rua ia ficar com um metro de espaço, impedindo que as pessoas saíssem e entrassem em casa na parte inferior. Com o projeto que estava para nós, não tinha como”,  esclarece.

Ele também pondera que, se fosse decisão rever o projeto para adicionar a estrutura, a conclusão da obra seria postergada e atrasada por mais meses até a criação de um novo traçado. Consequentemente, haveria necessidade de mais tempo para organizar mais recursos e mais empenhos. 

Porém, o secretário Anderson Passos garante que a Sesurb estuda uma maneira menos prejudicial de aumentar a calçada no viaduto. “Nós tentamos executar a obra da forma mais fiel possível ao projeto. Não sabemos qual foi a operação da época. O projeto é antigo, desde antes da inauguração do condomínio. Obra demorada é sempre um prejuízo para todos. (...) Já pedimos para os engenheiros avaliarem outra estrutura, outra maneira de ter a calçada. Seja com a criação de um muro de arrimo ou com a extensão do talude”, conclui o chefe da pasta.

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