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Hospital Veterinário recebe um Jaguarundi para atendimento

Publicado em 25/05/2025 às 15:42
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O animal, uma fêmea jovem, foi resgatado na região de Araxá e encaminhado ao HVU com suspeita de atropelamento (Foto: Divulgação HVU)

O animal, uma fêmea jovem, foi resgatado na região de Araxá e encaminhado ao HVU com suspeita de atropelamento (Foto: Divulgação HVU)

Na última sexta-feira, 16, o Hospital Veterinário da Uniube (HVU) recebeu, pela primeira vez, um felídeo silvestre da espécie Herpailurus yagouaroundi, popularmente conhecido como gato-mourisco ou jaguarundi.

O animal, uma fêmea jovem, foi resgatado na região de Araxá e encaminhado ao HVU com suspeita de atropelamento. Apesar da hipótese inicial, os exames clínicos revelaram múltiplas fraturas de diferentes idades, sugerindo que o animal pode ter sofrido mais de um tipo de traumatismo. 

"As lesões não se restringem a um único trauma, como o de atropelamento. Através dos exames de imagem, identificamos fraturas em diferentes estágios de cicatrização. Ela é muito agressiva e ágil, mesmo com aproximadamente três quilos, ela precisou ser sedada na segunda-feira para a realização de exames mais detalhados, como coleta de sangue, ultrassonografia e radiografias. O resultado confirmou uma fratura grave na pelve, que comprometeu sua locomoção, além de fraturas em três metatarsos (ossos dos dedos posteriores) e em ambas as escápulas (ossos da articulação do ombro). Os exames de sangue e o ultrassom apresentaram resultados normais, indicando bom estado geral de saúde, apesar das lesões”, avalia a médica-veterinária responsável pelo setor de Animais Silvestres, Lara Bizinoto.

Agora, o próximo passo será o planejamento cirúrgico, com prioridade para a correção da fratura pélvica, que será o primeiro procedimento a ser realizado. “A equipe avaliará os tratamentos necessários para as escápulas e os metatarsos. No caso das escápulas, é possível que o tratamento seja conservador, permitindo a cicatrização espontânea, sem necessidade de cirurgia. Já a fratura da pelve exige intervenção cirúrgica, por ser mais grave e impactar diretamente a locomoção do animal. Por isso, ela deverá permanecer por um período mais longo sob os cuidados do hospital, passando pela cirurgia e por um processo de reabilitação. Acompanharemos de perto a  evolução clínica e funcional, especialmente em relação à recuperação dos movimentos e à retomada da capacidade de locomoção”, finaliza Lara.

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