INTERVENÇÃO DIFERENCIADA

Hospital de Clínicas UFTM realiza drenagem biliar em paciente de 72 anos

Marconi Lima
Publicado em 06/12/2024 às 19:22
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Imagem demonstra a anatomia biliar após o procedimento de cateterização, indicando a posição do cateter para drenagem biliar (Foto/Divulgação)

Imagem demonstra a anatomia biliar após o procedimento de cateterização, indicando a posição do cateter para drenagem biliar (Foto/Divulgação)

O Serviço de Radiologia Intervencionista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) realizou um procedimento bastante específico e minimamente invasivo de drenagem biliar. O diferencial dessa intervenção foi a execução da técnica percutânea (punção na pele) por hemodinâmica e ultrassonografia, com o uso de cateter (pequeno tubo) fino e flexível.

Essa drenagem biliar corresponde a uma desobstrução das vias biliares, canais que transportam um líquido (a bile) produzido pelo fígado até o intestino e que é responsável por ajudar na digestão. “Este tipo de drenagem é comumente indicado para tratar obstruções causadas por tumores, cálculos biliares ou estreitamentos no canal biliar”, explicou o médico radiologista intervencionista Pedro Oliveira, que realizou este procedimento em um paciente de 72 anos, diagnosticado com tumor na cabeça do pâncreas, que impedia esse fluxo natural da bile.

Conforme informou o médico, este procedimento realizado no HC-UFTM consistiu numa pequena incisão de agulha orientada por imagem (ultrassonografia e fluoroscopia) e nela um cateter fino e flexível foi inserido. Esse cateter permite os dois tipos de drenagem: a interna, com a desobstrução e o restabelecimento do fluxo da bile; e a externa, caso o fluxo para o intestino não seja suficiente, com a coleta de parte da bile em uma bolsa externa. “É uma abordagem rápida, precisa e oferece o alívio imediato e a melhora significativa na qualidade de vida do paciente”, confirmou o especialista.

Segundo Geisa Gomide, gastroenterologista do HC-UFTM e médica que está cuidando do paciente submetido ao procedimento, contou que, como as vias biliares estavam obstruídas, impedindo a bile de passar, ela voltava e caía no sangue, levando a uma icterícia intensa (amarelamento da pele).

“Isso se complica com prurido em todo o corpo, passando a se coçar continuamente, dia e noite. Dois dias após o procedimento, esse paciente já estava menos ictérico e sem prurido”, explicou Geisa. Após a drenagem, o cateter, então, foi fixado na pele de forma segura para evitar deslocamentos e o paciente foi orientado com relação aos cuidados específicos com esse dispositivo. 

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