FISCALIZAÇÃO

Com dengue em alta, 40% da população não atende agentes de endemias em Uberaba

Rafaella Massa
Publicado em 24/04/2023 às 16:19
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Apesar dos casos crescentes de dengue, entre 40% e 45% dos imóveis em Uberaba recusam ou não atendem os agentes de endemias que atuam no combate ao Aedes Aegypti. Conforme o chefe do departamento de Endemias, Diogo Barros, em 2023 foi necessário fazer um adentramento forçado em residência para realizar as ações que eliminam os focos do mosquito transmissor da dengue. 

Em entrevista à Rádio JM, nesta segunda-feira (24), o chefe do departamento explicou que,  quando os imóveis visitados estão fechados, é deixado um comunicado de visita para que, assim que o morador tiver disponibilidade, note a presença do agente no local. A partir deste comunicado, o cidadão tem dois dias para ligar no departamento e agendar a nova visita para verificação do imóvel. 

“A gente lança essas visitas. Se ela [a pessoa] não fizer esse contato em dois dias, marcamos como uma casa fechada. Posteriormente, podemos encaminhar para a Procuradoria, para ela encaminhar para a promotoria junto ao Estado, para nós fazermos o adentramento forçado com o Ministério Público, se o mesmo autorizar. Além disso, encaminhamos para o departamento de Posturas para estar verificando também, e poder multar”, afirma Diogo Barros. 

Conforme o chefe do departamento de Endemias, os bairros com maiores casos notificados de dengue são: Boa Vista, Alfredo Freire, Abadia e Fabrício. Ainda segundo Diogo, as equipes estão trabalhando durante toda a semana nas visitas às residências, além dos sábados, fazendo ‘re-visitas’ às casas que não atenderam nos dias úteis. 

“O que a gente sempre fala é que, a primeira coisa, a população precisa abrir a porta para os nossos agentes de endemias. A Prefeitura chamou os 116 agentes que estavam no processo seletivo antigo. Abrimos um novo [processo seletivo], chamamos mais 60, e todos estão trabalhando nas ruas. Mas precisa da população abrir o imóvel para os agentes verificarem a residência e também passar as orientações. A população tem que estar ciente de que se ela não ajudar, não adianta a prefeitura contratar 200, 300, que seja mil profissionais, que a gente não vai dar conta de combater”, reforça Diogo Barros.

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