Estado compra 150 mil ampolas de sedativos para minimizar desabastecimento de insumos para UTIs

Em coletiva de imprensa nesta manhã (15) sobre a Covid-19, o secretário de Estado de Saúde Fábio Baccheretti confirmou a chegada de medicamentos para terapia intensiva até o fim da semana. Ainda segundo o secretário, os insumos comprados pelo Ministério da Saúde chegam de Xangai hoje, em Guarulhos. A remessa tenta neutralizar o desabastecimento de sedativos em todo o estado, inclusive em Uberaba, onde três pessoas morreram por falta de insumos para terapia intensiva.

Na coletiva, Baccheretti ainda afirma que a falta de medicamentos no estado é a maior preocupação atual em Minas. Por isso, além da remessa de insumos vinda de Xangai, o Estado negocia a compra de sedativos com grande empresa brasileira, segundo informou. “Continua sendo uma grande preocupação, apesar de termos a rede solidária em que conseguimos distribuir paulatinamente os medicamentos que nos foi entregue. Nesta última semana fizemos vários movimentos e conseguimos então uma mudança de cenário para a próxima semana e para daqui duas a três semanas”, afirma o secretário. Segundo ele, a encomenda foi de 150 mil ampolas de sedativos e a previsão é que cheguem na semana que vem. 

O secretário afirma que a decisão tomada pelo Minas Consciente de voltar algumas cidades do estado para a onda vermelha é baseada na chegada dos insumos que abastecerão os hospitais. 

A falta de medicamentos sedativos foi uma pauta de urgência na última semana, quando diversos hospitais em Minas afirmaram que o estoque não suportaria muitos dias. Essa falta causou, inclusive, o fechamento de 10 leitos para UTI em Minas Gerais, como o secretário de Saúde afirmou. Um dos hospitais a fechar leitos foi o Hospital Regional de Uberaba que precisou pedir medicamentos emprestados a outros hospitais.

 A prefeitura de Uberaba informou em nota que: “Uberaba encontra-se na mesma situação que está sendo vivida por todo o Estado. Está escasso os medicamentos utilizados em UTI para sedação e relaxante neuro-muscular, que são necessários para manter o paciente intubado. O Governo Municipal está trabalhando na perspectiva de resolver a situação e já acionou o Governador do Estado, o Secretário de Saúde do Estado e o Ministério da Saúde”.