POLÍTICA

Zema anuncia grupo de trabalho para negociar e tanqueiros suspendem greve

Gisele Barcelos
Publicado em 27/02/2021 às 22:37Atualizado em 18/12/2022 às 12:27
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Foto/Israel Junior

Em virtude do anúncio de continuidade da greve, postos de Uberaba estiveram lotados na noite de sexta-feira

Após corrida aos postos na sexta-feira (26) devido ao anúncio de greve dos transportadores de combustível de Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou a criação de um grupo de trabalho em conjunto com representantes das entidades ligadas à cadeia do combustível para buscar alternativas para as insatisfações que levaram à paralisação do setor. A sinalização do Estado para o setor suspendeu o movimento deflagrado na semana que passou.

A suspensão da greve foi comunicada pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTanque), Irani Gomes. Em vídeo, o representante do setor informa que se reuniu com os secretários estaduais Igor Eto (Governo) e Otto Levy (Planejamento), com promessa de que na próxima semana será marcada outra reunião para que o Executivo estadual e o sindicato sigam negociando. A principal revindicação do setor é diminuir a tributação sobre o óleo diesel.

Zema manifestou que a proposta do governo estadual é que a situação deve ser solucionada por meio do diálogo. “O Governo assume o compromisso de instalar já na próxima semana um grupo de trabalho em nossa equipe, em conjunto com representantes das entidades ligadas à cadeia do combustível, para a busca de uma solução dialogada e efetiva para as questões levantadas”, disse.

O governador ainda ressaltou que reduzir impostos é uma das prioridades da atual gestão. No entanto, reforçou que não há condições de atender à demanda de imediato. “Reduzir impostos é um desejo meu e um compromisso desse Governo, vamos continuar perseguindo esse objetivo tão logo a situação fiscal do Estado e as limitações legais trazidas por ela nos permitam. Até lá, temos de construir alternativas e vamos buscá-las em conjunto”, afirmou.

Em nota, o governo mineiro ainda manifestou que, devido à situação financeira do Estado, “a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar a receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota [do diesel]”.

Por outro lado, o Governo de Minas também argumentou que o aumento no preço dos combustíveis questionado pelos tanqueiros não ocorreu em função do ICMS. O texto informa que a alta foi resultado da “política de preços praticada pela Petrobras”. “O Estado reafirma seu compromisso de não promover o aumento de nenhuma alíquota de ICMS até que seja possível começar a trabalhar pela redução efetiva da carga tributária”, encerra a nota. 

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